Trump anunciou hoje a escolha de Means numa publicação nas redes sociais, elogiando "os seus absolutamente extraordinários resultados académicos, juntamente com o trabalho da sua vida".

Segundo a AP, Casey Means não tem experiência governamental e abandonou o seu programa de residência em cirurgia, dizendo que ficou desiludida com a medicina tradicional.  

Fundou uma empresa de tecnologia da saúde, a Levels, que ajuda os utilizadores a controlar o açúcar no sangue e outros parâmetros.  

Também ganha dinheiro com suplementos alimentares, cremes, chás e outros produtos patrocinados nas suas contas das redes sociais.

Segundo o site do Departamento de Saúde norte-americano, o cirurgião-geral é o "médico da nação", dando aos "americanos a melhor informação científica disponível sobre como melhorar a sua saúde e reduzir o risco de doenças e lesões".

Trump nomeou inicialmente uma ex-colaboradora médica da cadeia de televisão conservadora Fox News, Janette Nesheiwat, que deveria comparecer perante o Senado na quinta-feira para a sua audiência de confirmação.

Contudo, esta nomeação foi retirada depois de um ataque a Nesheiwat nas redes sociais por Laura Loomer, ativista radical conhecida por promover teorias da conspiração, nomeadamente anti-vacinas, e que já esteve envolvida na destituição de vários membros do Conselho de Segurança Nacional do Presidente.

Loomer acusou Nesheiwat de ser favorável a vacinas para a covid-19, de estar "envolvida num caso de negligência médica" e não ter frequentado a faculdade de medicina nos Estados Unidos.

Após as acusações, o seu nome foi retirado e o de Means anunciado.

Means e o seu irmão, o ex-lobista Calley Means, serviram como conselheiros principais na longa candidatura presidencial de Kennedy em 2024 e ajudaram a intermediar o apoio deste a Trump nas eleições presidenciais de 2024.  

Calley Means é atualmente conselheiro da Casa Branca e aparece frequentemente na televisão para promover a agenda de Robert F. Kennedy, Jr..