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Governo do Quénia assina acordo com médicos após oito semanas em greve

LUSA
08-05-2024 16:27h

O Governo queniano e o Sindicato dos Médicos do Quénia (KMPDU) assinaram um acordo de regresso ao trabalho, pondo fim a uma greve de oito semanas para reivindicar aumentos salariais, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

"Após 56 dias, o KMPDU assinou um acordo que põe fim à greve nacional dos médicos", anunciou o ministério numa mensagem na rede social X (antigo Twitter), acompanhada de uma fotografia que mostra os participantes nas negociações a assinar documentos.

A greve paralisou praticamente a atividade nos 57 hospitais públicos do país desde que foi lançada, em 14 de março, pelo único sindicato de médicos do Quénia (KMPDU), que conta com 7.000 membros.

Ao movimento juntou-se então o sindicato dos profissionais de saúde, excluindo os enfermeiros (KUCO).

O conteúdo exato do acordo não foi conhecido de imediato.

Os médicos em greve contestaram, nomeadamente, uma decisão do Governo que visava reduzir os salários dos médicos internos e alargar a idade de elegibilidade para os direitos de reforma.

Entre as suas reivindicações, a KMPDU pedia uma remuneração mensal de 206.000 xelins quenianos (aproximadamente 1.450 euros).

Esta remuneração estava prevista num acordo anterior assinado com o governo em 2017 para pôr fim a uma greve de 100 dias que paralisou o sistema público de saúde, durante a qual dezenas de pacientes morreram por falta de atendimento.

Os salários insuficientes e as más condições de trabalho levaram a um êxodo de médicos quenianos para outros países africanos e para fora do continente.

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