O Reino Unido anunciou hoje um pacote de 32,5 milhões de libras (38 milhões de euros) de apoio à Tanzânia para melhorar o sistema e cuidados de saúde e para projetos ambientais.
Quinze milhões de libras (17,5 milhões de euros) vão ser gastos ao longo de cinco anos para reduzir as mortes evitáveis, combater os surtos de doenças e aumentar a qualidade e o acesso aos serviços de cuidados de saúde primários, sobretudo destinados a mães e bebés.
Outros 12 milhões de libras (14 milhões de euros) vão garantir o prolongamento por mais dois anos do Programa de Reforço do Planeamento Familiar, para apoiar a cooperação no domínio da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos.
Este programa beneficia quatro milhões de pessoas e deverá, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, evitar 1.400 mortes maternas, um milhão de gravidezes indesejadas e mais de 200 mil abortos feitos sem segurança na Tanzânia.
Finalmente, 5,5 milhões de libras (6,4 milhões de euros) destinam-se a apoiar até 2026 projetos relacionados com as alterações climáticas e o ambiente, nomeadamente na promoção de tecnologias de cozinha limpas, o acesso a energia limpa e a resiliência urbana.
Segundo o Governo britânico, a Tanzânia tem sofrido o impacto das alterações climáticas, agravadas pelos efeitos do fenómeno climático El Niño.
Nos últimos meses, chuvas fortes provocaram inundações e deslizamentos de terras, desalojaram milhares de pessoas e afetaram os serviços sociais, meios de subsistência e infraestruturas.
Refere também, em comunicado, que metade da população da Tanzânia tem menos de 15 anos e que a procura de serviços de saúde sexual e reprodutiva é elevada e vai aumentará nos próximos anos.
"O financiamento do Reino Unido anunciado hoje ajudará a reduzir as mortes maternas na Tanzânia, criando um ambiente mais seguro para as mulheres e os seus filhos", afirmou o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Andrew Mitchell, que se encontra em visita ao país africano.
"As ameaças de múltiplas doenças e o elevado crescimento demográfico na Tanzânia estão a exercer uma enorme pressão sobre o seu sistema de saúde, o que significa que muitas mulheres não podem obter os serviços de planeamento familiar que desejam e de que necessitam, tornando-as vulneráveis a abortos inseguros - e pondo em risco a sua saúde e as suas vidas", vincou.
Após a visita à Tanzânia, Mitchell vai deslocar-se-á ao Ruanda, onde vai participará nas comemorações do 30º aniversário do genocídio contra os Tutsi e visitar a mina de volfrâmio de Nyakabingo, demonstrando o interesse do Reino Unido no setor dos minerais críticos no Ruanda.