A organização não-governamental chinesa Fundação GX lançou hoje em Timor-Leste, com a entrega de um donativo ao Ministério da Saúde timorense, um projeto-piloto de prevenção e combate da dengue.
“Este projeto marca o início de uma significativa parceria entre nós na saúde pública. A febre da dengue é uma preocupação mundial. O sudoeste asiático é uma das regiões vulneráveis”, afirmou o presidente da Fundação GX, Leung Chun-ying, na cerimónia, que decorreu no Ministério da Saúde, em Díli.
Segundo Leung Chun-ying, o objetivo é “mitigar e prevenir a febre da dengue e outras doenças vetoriais transmitidas pelos mosquitos”.
“Com o apoio do Ministério da Saúde conseguimos trazer sete toneladas de equipamentos e materiais, incluindo testes rápidos, redes mosquiteiras para distribuir por centros e postos de saúde”, salientou o responsável.
O vice-ministro para o Fortalecimento Institucional da Saúde, José dos Reis Magno, salientou que a dengue é um problema de saúde pública, com os números a aumentarem anualmente.
“A dengue é endémica”, afirmou o vice-ministro, durante a cerimónia, que contou com a presença do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.
Segundo José dos Reis Magno, em 2023 foram registados 1.953 casos de dengue, que provocou a morte a sete pessoas.
“Desde o início do ano, já foram registados 49 casos, maioritariamente em crianças com idades compreendidas entre os 05 e 14 anos”, disse.
O presidente da Fundação GX explicou que o projeto terá uma abordagem holística não só porque vai diagnosticar e tratar a dengue, mas também sensibilizar e educar as comunidades para a necessidade de prevenção.
“As várias componentes da abordagem foram bem-sucedidas em outros países, mas Timor-Leste é o primeiro país onde vai ser aplicado o programa de forma holística”, disse.
A Fundação GX, baseada em Hong Kong, foi criada há 10 anos e tem projetos na área da saúde em vários países, a maior parte dos quais relacionadas com oftalmologia, nomeadamente tratamento de cataratas.