Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), a Coreia do Norte foi o primeiro país a encerrar as fronteiras em 2020, após a China ter apresentado os primeiros casos de covid-19. Desde então, Pyongyang manteve as fronteiras encerradas, com raras exceções.

Um voo da Air Koryo, que inicialmente estava a ser aguardado hoje em Pequim às 09:50 (02:50 em Lisboa), foi "cancelado" após duas horas de atraso, adiantou a AFP.

Vários meios de comunicação aguardavam a chegada deste voo, que seria a primeira ligação comercial da Coreia do Norte com países estrangeiros desde 2020.

A Air Koryo não forneceu explicações para este cancelamento, declarou à AFP o aeroporto de Pequim-Capital. Não foi possível obter informações da companhia aérea e os escritórios da empresa no centro de Pequim estavam encerrados.

Ao ser questionado pela comunicação social sobre esta matéria, um porta-voz da diplomacia chinesa confirmou hoje o restabelecimento dos voos entre a China e a Coreia do Norte.

"O lado chinês aprovou os planos de voo da companhia norte-coreana Air Koryo para as rotas Pyongyang-Pequim e Pequim-Pyongyang", disse o porta-voz chinês, Wang Wenbin, sem precisar quando foi concedida a autorização.

Após três anos de isolamento devido à pandemia de covid-19, aumentaram os sinais de uma possível reabertura das fronteiras norte-coreanas.

No mês passado, autoridades russas e chinesas participaram num desfile militar em Pyongyang, sendo os primeiros estrangeiros autorizados a visitar a Coreia do Norte desde o período pandémico.

A Coreia do Norte também enviou atletas na semana passada para uma competição de taekwondo no Cazaquistão.

"Há sinais de uma reabertura das fronteiras por parte da Coreia do Norte", declarou à AFP, em Seul, o Ministério da Unificação sul-coreano.

“Mas ainda é difícil [nesta fase] determinar se a reabertura será total ou gradual e limitada”, referiu o ministério.

Segundo o portal NK News, especializado em assuntos da Coreia do Norte, a Air Koryo deve realizar dois voos nos próximos dias entre Vladivostok (Rússia) e Pyongyang.