Pela primeira vez em Portugal, celebra-se o Dia Nacional da Endometriose e Adenomiose. Recordamos o programa Corpo Clínico, em que a doença e os seus impactos foram discutidos em conjunto com o chumbo da licença menstrual.
No mês passado, depois de uma petição promovida pela Associação MulherEndo, que recolheu quase nove mil assinaturas, o parlamento discutiu um conjunto de projetos de lei e de resolução sobre apoio a estas doentes. O PS reprovou todos os que previam mais direitos laborais e assistenciais, dando apenas luz verde ao seu projeto de resolução, para uma estratégia nacional de combate à endometriose e adenomiose, e uma do PAN, para um Dia Nacional de Sensibilização.
No programa Corpo Clínico, em que foi discutido o chumbo da licença menstrual, entre outros convidados, recebemos Susana Fonseca, presidente da Associação MulherEndo, que recordou o impacto da doença na vida das mulheres.
O médico ginecologista e Coordenador da Unidade de Cirurgia Minimamente Invasiva Ginecológica e Endometriose do Centro Materno-Infantil do Norte, Hélder Ferreira, manifestou satisfação por ver este assunto “finalmente ser falado e apresentado publicamente de uma forma séria”. Há mais dez de anos que acompanha, no Centro Universitário do Porto, quase milhares de mulheres de todo o país.
Recorda que esta é uma doença que afeta 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva.
Hélder Ferreira alerta ainda para a necessidade de um diagnóstico atempado, algo que considera “imperioso” para que se consiga controlar com rapidez o impacto da doença na vida das mulheres.
O Parlamento espanhol aprovou em definitivo, no passado mês de fevereiro, uma legislação que permite às trabalhadoras que sofrem ciclos menstruais dolorosos tirar uma "licença menstrual” até cinco dias, totalmente paga pela Segurança Social. Foi primeiro país europeu a aprovar uma lei neste sentido.
Pode rever o programa Corpo Clínico dedicado ao Chumbo da Licença Menstrual e à Endometriose e Adenomiose.