O ministro da Saúde da Guiné-Bissau, Dionísio Cumba, manifestou-se hoje preocupado com a “alta taxa de mortalidade materno-infantil” no país, onde em cada mil recém-nascidos cerca de 600 morrem antes dos cinco anos.
“É uma taxa muito alta, infelizmente”, declarou Cumba, em declarações à Lusa à margem do encerramento do primeiro Fórum Nacional sobre os cuidados primários organizado pelo Governo com os parceiros nacionais e internacionais que operam no setor da Saúde Pública.
O ministro da Saúde considerou ainda que a alta taxa de mortalidade materno infantil “não pode continuar”, pelo que, observou ser urgente a tomada de medidas concretas a começar pela melhoria da assistência nas comunidades.
“É praticamente matar a nossa sociedade”, sublinhou Dionísio Cumba.
De acordo com o ministro, a Guiné-Bissau “conseguiu reduzir um bocado” a taxa de mortalidade materno infantil, com o apoio de parceiros internacionais, designadamente a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras, mas desde a saída desta organização, em junho 2020, a situação voltou a piorar, disse.
“Depois da saída de Médicos Sem Fronteiras não há acompanhamento deste processo da comunidade neonatológica e materno e isso tornou a fazer subir a mortalidade” infantil, declarou Dionísio Cumba, que é também cirurgião pediátrico.
O governante guineense observou que o Governo tem estado a trabalhar com alguns parceiros internacionais, nomeadamente com equipas médicas italianas que se deslocam à Guiné-Bissau regularmente a pedido do próprio.