SAÚDE QUE SE VÊ

Alternativa Sustentável de Moreira da Silva terá primeira iniciativa sobre saúde e demografia

LUSA
26-01-2023 13:51h

O antigo vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva lança na próxima semana em Lisboa a primeira conferência no âmbito do novo projeto Alternativa Sustentável, que vai estar centrada na saúde, desigualdades e demografia.

A conferência, segundo partilhou na rede social Twitter, vai realizar-se em 02 de fevereiro, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, e terá como tema “Proteger a saúde, combater as desigualdades e enfrentar a crise demográfica”.

Entre os oradores, além de Moreira da Silva, na qualidade de presidente do ‘think tank’ Plataforma para o Crescimento Sustentável, estão nomes como o ex-ministro da Economia Augusto Mateus, o professor universitário e antigo coordenador do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD para a área do trabalho e da segurança social Jorge Bravo, a doutorada em Sociologia da Família Dália Costa ou o médico e ex-secretário de Estado Adjunto da Saúde (e ministro do setor no curto XX Governo Constitucional liderado por Passos Coelho) Fernando Leal da Costa.

Na sexta-feira, num artigo publicado no Expresso, Moreira da Silva – que foi o candidato derrotado nas últimas diretas do PSD contra o atual presidente Luís Montenegro – manifestou a intenção de lançar um novo projeto através da Plataforma para o Crescimento Sustentável, centrado na “responsabilidade de promover uma alternativa sustentável”.

“No âmbito do novo projeto ‘Alternativa Sustentável — Superar as Crises, Reformar as Políticas e Liderar o Crescimento Sustentável’, promoveremos, a partir do final de janeiro, uma ampla discussão pública sobre uma nova geração de políticas e de medidas capazes de posicionar Portugal, no prazo de uma década, no topo de quatro indicadores fundamentais”, explicou, no artigo.

Esses indicadores, detalhou, são o ranking do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (Portugal está hoje na 20.ª posição), o Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas (hoje na 38.ª posição), o Índice de Bem-Estar da OCDE (hoje na 31.ª posição), manifestando também a intenção de colocar Portugal “acima da média europeia no PIB per capita” (hoje o país está na 21.ª posição).

Nesse artigo do Expresso, o antigo ‘vice’ do PSD e ex-ministro do Governo de Pedro Passos Coelho traçou fortes críticas ao atual quadro político nacional.

“Perante a complexidade dos desafios globais (…) não deixa de ser confrangedor o imobilismo e a superficialidade que dominam o debate político nacional. É do fracasso na resposta a este confisco do futuro que se alimenta o populismo político e a descrença dos cidadãos, em especial dos mais jovens”, avisa.

Para Moreira da Silva, “o Governo limita-se a gerir, a comunicar e a controlar danos, não lançando nem executando reformas de fundo”.

“Os partidos da oposição não arriscam a apresentação de alternativas e limitam-se a um registo de combate. Uns e outros limitam-se a aguardar pelas próximas eleições, ou pela melhoria da conjuntura internacional (…) Uns e outros desistiram de discutir, propor, negociar e executar as reformas políticas capazes de enfrentar os obstáculos estruturais que há décadas nos impedem de crescer de forma sustentável”, aponta.

O antigo dirigente social-democrata defende que, “neste tempo de crise social, económica e ambiental e de falta de confiança nos políticos e nas instituições a discussão política não se pode resumir aos partidos”, justificando este novo projeto da associação cívica que fundou em 2011 e que elaborou no ano seguinte um relatório designado “Uma Visão Pós-Troika”.

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