O Chega/Açores considerou hoje “preocupante” a existência de 24.170 pessoas sem médico de família no arquipélago, citando dados transmitidos pelo Governo Regional, e defendeu que a saúde dos açorianos deve ser uma prioridade.
“Nos Açores há 24.170 utentes inscritos nas unidades de saúde de ilha que ainda não dispõem de médico de família. Uma realidade mais preocupante, consoante a dimensão das ilhas”, lê-se numa nota de imprensa.
Citando informações dadas pelo Governo Regional na sequência de um requerimento enviado pelo Chega, que tem um deputado na Assembleia Regional, o partido alerta que é em São Miguel que existe o maior número de utentes sem médico de família (9.521), seguindo-se Terceira (7.596), Faial, (2.928), Graciosa (1.520), Santa Maria (1.249), Flores (752), São Jorge (340), Pico (254), e Corvo (10).
O Chega é um dos partidos que suporta o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) na Assembleia Legislativa Regional.
Segundo o Chega, em 2022, o governo açoriano contratou 18 médicos de Medicina Geral e Familiar (12 para São Miguel e seis para a Terceira), estando ainda abertos concursos para a contratação de 11 médicos especialistas.
“A saúde é uma área que, desde sempre, tem preocupado o deputado José Pacheco, que defende que a saúde dos açorianos é uma prioridade que tem de ser colocada, ainda mais, na agenda política”, recorda o partido.
Na nota, o Chega alerta que só através da Medicina Geral e Familiar, “que acompanha o utente desde a nascença”, se vai conseguir aliviar as urgências hospitalares.
“Só assim se consegue atuar também na prevenção e evitar que as urgências sejam entupidas por quem precisa de lidar com um problema de saúde e não o consegue fazer nos centros de saúde, por não ter médico de família”, salienta o partido.
Em 14 de outubro de 2022, o secretário regional da Saúde, Clélio Meneses, afirmou que o executivo pretende melhorar o acesso aos cuidados de saúde nos Açores, para garantir que 90% da população tenha médico de família até ao final desta legislatura.
O atual Governo dos Açores, de coligação PSD/CDS-PP/PPM e suportado no parlamento açoriano pelos partidos do executivo, pela IL, Chega e deputado independente, tomou posse em novembro de 2020.