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Diretor-executivo “tem obrigação de estar sensibilizado” para os problemas do SNS - Federação dos Médicos

LUSA
23-09-2022 18:01h

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) afirmou hoje que o diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde tem a “obrigação de estar sensibilizado” para os problemas do setor, cuja resolução depende da disponibilidade dos recursos necessários.

O médico Fernando Araújo, hoje confirmado no novo cargo, “tem toda a obrigação de estar completamente sensibilizado e ciente dos problemas que há que abordar e, nesse sentido, tem uma responsabilidade maior, porque a argumentação do desconhecimento claramente que não colhe”, salientou o presidente da FNAM em declarações à Lusa.

“A partir daí, é preciso que haja recursos alocados pelo Governo para que os problemas se resolvam”, alertou Noel Carrilho, ao salientar que a federação está na “expectativa de perceber” se a criação da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) “vai trazer alguma modificação prática” em termos de reforço de recursos humanos.

De acordo com o dirigente sindical, é “perfeitamente evidente” a necessidade de reforçar o quadro médico no SNS e essa deverá ser a “preocupação prioritária” de Fernando Araújo nas novas funções que vai assumir.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou hoje que o presidente do Centro Hospitalar Universitário de São João, o médico Fernando Araújo, vai ser o primeiro diretor-executivo do SNS.

O anúncio foi feito no dia em que foi publicado no Diário da República o diploma do Governo que regulamenta a Direção Executiva, a nova entidade prevista no novo Estatuto do SNS promulgado pelo Presidente da República no início de agosto.

A Direção Executiva do SNS vai coordenar toda a resposta assistencial do SNS, assegurando o seu funcionamento em rede, e passa a gerir também a rede nacional de cuidados continuados integrados e da rede de cuidados paliativos, até agora da responsabilidade das administrações regionais de saúde.

De acordo com o decreto-lei hoje publicado em Diário da República, a Direção Executiva do SNS será composta por cinco órgãos e terá estatuto de instituto público de regime especial para garantir autonomia para emitir regulamentos e orientações.

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