No Dia Internacional do Migrante, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) garante que a recuperação económica da União Europeia e de outros países exteriores, só acontecerá com o envolvimento dos migrantes, como revelou ao Canal S+, Vasco Malta, chefe da missão da OIM em Portugal.
O responsável relembra ainda, a este respeito, que os migrantes não podem ficar de fora do processo de vacinação que está prestes a iniciar-se nos diversos países europeus.
Vasco Malta relembra que a população migrante, residente na Europa e em Portugal, esteve “muitas vezes na linha da frente, seja na indústria alimentar, em unidades de saúde e até como cuidadores de idosos durante o início da pandemia e no período de confinamento, quando a grande maioria da população estava confinada em casa”.
O Chefe da Missão da OIM em Portugal adianta que tudo tem sido feito para “garantir que as migrações são feitas de forma regular e segura” como sucedeu, por exemplo, “com os últimos refugiados que o país recebeu, oriundos da Turquia e do Egipto, que foram testados para a COVID-19 antes de entrarem no avião e à chegada a Lisboa”.
Nesta entrevista ao Canal S+, Vasco Malta recorda ainda que, graças aos migrantes residentes em Portugal, o país arrecadou 800 milhões de euros para os cofres da segurança social, o que contraria determinados mitos e discursos de sectores da sociedade portuguesa, críticos da emigração.
O responsável pela Missão da OIM em Portugal indica ainda que, num país envelhecido como o nosso, os migrantes têm dado outro contributo decisivo que é contribuírem para aumento da taxa de natalidade que se situa a níveis “apenas comparáveis a países tecnicamente em guerra”, sublinha Vasco Malta.
Numa mensagem de vídeo gravada, de três minutos, divulgada hoje, o diretor-geral da OIM destacou “a dedicação e o espírito empreendedor dos migrantes” que tudo fizeram para manter a funcionar os serviços essenciais.
António Vitorino frisou que estas pessoas não podem ficar para trás e devem ser incluídas ”como parte integrante no regresso à vida normal”.