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Covid-19: Coordenador acredita que testagem em Rabo de Peixe será "sucesso imenso"

LUSA
04-12-2020 13:22h

O coordenador do combate à covid-19 nos Açores, Gustavo Tato Borges, mostrou-se hoje confiante na operação de testagem na vila de Rabo de Peixe, acreditando que será um "sucesso imenso".

Arrancou hoje a operação de testagem aos cerca de dez mil habitantes da vila e freguesia da Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, sendo previsivel, reconheceu Gustavo Tato Borges, um aumento considerável de casos de infeção com o vírus da covid-19 nos próximos dias.

"Com os testes rápidos [de resultados em 15 minutos], vamos perceber a real dimensão do problema e contê-lo o mais depressa possível", afirmou, em em Ponta Delgada, num encontro esta manhã com jornalistas.

Sendo este o início de um rastreio, um bom resultado é um número considerável de testes e a "identificação" de muitos positivos, admitiu ainda.

"Na fase inicial o objetivo é encontrar muita gente" infetada, acrescentou, traçando uma analogia com alguns tipos de cancro: "Quando o rastreio se torna regular, o objetivo passa a ser encontrar poucas pessoas" doentes, precisou.

"Nas próximas semanas vamos verificar um achatamento na curva" de infetados com covid-19, disse ainda.

A realização de testes aos residentes da vila do concelho da Ribeira Grande começou hoje e irá decorrer até domingo.

Na quinta-feira foram já testados cerca de 60 pescadores, profissionais que, desde que não infetados, foram hoje para o mar.

Na terça-feira, o Governo dos Açores anunciou a criação de uma cerca sanitária a Rabo de Peixe, seguida da realização de testes rápidosao novo coronavírus, que provoca a adoença da covid-19, a todos os cerca de dez mil habitantes da freguesia.

Com a cerca sanitária – atualmente a única do país - ficam interditadas as deslocações, por via terrestre e marítima, entre Rabo de Peixe, no concelho da Ribeira Grande, e as restantes freguesias. Fica proibida a circulação e permanência de pessoas na via pública, são encerradas todas as escolas e fixa-se a limitação da lotação máxima de um terço da respetiva capacidade na restauração e nos bares.

Atualmente, existem 355 casos positivos ativos nos Açores, sendo 223 em S. Miguel, 127 na Ilha Terceira, dois no Pico, um no Faial e dois nas Flores.

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