Considerada um “país exemplo” na Primavera no combate à pandemia da COVID-19, a República Checa enfrenta agora, a cada dia que passa, uma subida exponencial de novos casos de infetados. Marco Maio, um português a viver em Praga, capital do país, entrevistado pelo Canal S+ garante que “as pessoas voltaram à vida normal sem as precauções que deviam”.
Com mais de 15 mil casos de novas infeções, em apenas dois dias desta semana, a República Checa está a vivenciar uma forte pressão sobre os serviços hospitalares, o que já levou o governo a aumentar as medidas restritivas, decretando o encerramento de algumas escolas, restaurantes e bares e a suspender o fornecimento de internet nos centros comerciais, evitando assim a concentração de grupos de jovens. O arquiteto Marco Maio adianta ainda que o executivo checo decidiu substituir, há três semanas, o ministro da saúde e o novo titular tem vindo a endurecer as medidas com o intuito de restringir os ajuntamentos.
Com 82 mil infetados e cerca de 3 mil pessoas internadas, a República Checa já está a construir pavilhões em Praga e em Brno (duas cidades com maior número de habitantes) no caso de ser necessário dar uma resposta complementar aos hospitais existentes. O arquiteto português Marco Maio está confiante apesar de tudo e afirma que “o equipamento médico existe, pode é não existir pessoal suficiente”.
Por ter tido sempre números bastante reduzidos de infeção por COVID-19 durante a Primavera, a República Checa esteve incluída, durante os meses de Verão, nos principais corredores aéreos e recebeu centenas de turistas de vários países.