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Mortes por doenças do aparelho circulatório atingem em 2023 valor mais baixo dos últimos 30 anos

21-11-2025 07:00h

O número de mortes por doenças do aparelho circulatório atingiu o valor mais baixo dos últimos 30 anos, em 2023, segundo dados hoje revelados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

“Entre 2012 e 2023 registou-se uma redução relevante da taxa de mortalidade por doenças do aparelho circulatório, tendo a proporção de óbitos por estas doenças atingido, em 2023, o valor mais baixo das últimas três décadas”, segundo a DGS.

De acordo com um comunicado da DGS, houve uma redução acentuada da taxa de mortalidade por doenças cerebrovasculares e por enfarte agudo do miocárdio, também conhecido por ataque cardíaco, entre 2017 e 2023.

Nesses anos, o número de internamentos por doenças do aparelho circulatório também diminuiu, sobretudo nas hospitalizações por insuficiência cardíaca (incapacidade do coração bombear sangue para o corpo na quantidade necessária).

No mesmo período, observou-se também uma melhoria consistente da mortalidade intra-hospitalar, em relação ao enfarte agudo do miocárdio e no acidente vascular cerebral (AVC) isquémico, apelidado de "mini AVC", que consiste num bloqueio temporário e de curta duração do fluxo sanguíneo para o cérebro ou medula espinhal, sem causar danos permanentes.

Segundo a DGS, a redução da mortalidade intra-hospitalar está associada a um aumento do acesso a terapêuticas avançadas de reperfusão (intervenção restauradora do fluxo sanguíneo).

Nos cuidados de saúde primários, registaram-se “melhorias relevantes entre 2015 e 2024”, com um aumento da proporção de doentes com pressão arterial controlada, pessoas com diabetes com níveis de colesterol controlado.

Entre 2015 e 2024, nos cuidados de saúde primários, registou-se um aumento das consultas de cessação tabágica (processo de deixar de fumar), “sinalizando uma melhoria do controlo dos fatores de risco cardiovasculares”, segundo o comunicado.

Os dados são divulgados no dia em que a DGS organiza o evento “Doenças cérebro e cardiovasculares em Portugal - Progresso clínico e organizacional na última década”, através do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, na Fundação Cidade de Lisboa.

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