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Covid-19: PSD de Torres Vedras pede mais recursos para as autoridades de saúde pública

LUSA
07-07-2020 18:12h

Os vereadores do PSD na Câmara de Torres Vedras pediram hoje mais recursos humanos para a unidade local de saúde pública, alertando que há atrasos nos inquéritos epidemiológicos da covid-19 por falta de meios.

"Torres Vedras devia ter 20 pessoas para uma população de 80 mil habitantes e só existem três", afirmou em conferência de imprensa o vereador Marco Henriques Claudino, após uma reunião de câmara, à porta fechada, que contou com a presença do delegado de saúde local.

Por falta de meios, as autoridades de saúde pública demoram em média "seis dias a identificar com quem esteve um caso positivo", alertou o social-democrata.

Para o PSD, a unidade local de saúde pública devia ser reforçada com mais meios humanos, numa altura em que o concelho, no distrito de Lisboa, está a atravessar "uma segunda vaga de contágio, mais complexa do que a primeira".

Na sequência do que foi reportado pela autoridade local de saúde pública, "existe transmissão comunitária" relacionada com vários contextos, desde contágio nos transportes públicos, contágio em ambiente familiar e no setor da construção civil.

Acresce o surto na unidade de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste, com 18 doentes e nove profissionais infetados, de acordo com dados de hoje da instituição hospitalar.

Por comparação ao último domingo, na segunda-feira registaram-se mais sete novos casos, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje pelo município.

Desde o início da pandemia, Torres Vedras conta com 130 casos de infeção, dos quais três morreram, 66 recuperaram e 61 se encontram ativos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 538 mil mortos e infetou mais de 11,64 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.629 pessoas das 44.416 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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