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Centro de Saúde de Almeirim vai ser requalificado e ampliado com investimento de 4ME

LUSA
15-07-2025 16:34h

O Centro de Saúde de Almeirim vai ser alvo de uma intervenção de requalificação e ampliação, num investimento global superior a quatro milhões de euros, com o objetivo de reforçar a resposta dos cuidados de saúde primários no concelho.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Almeirim (distrito de Santarém), Pedro Ribeiro, explicou que a intervenção visa “criar melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde e, sobretudo, antecipar as necessidades que a evolução do sistema de saúde vai impor nos próximos anos”.

A obra, que deverá estar concluída durante o próximo ano, insere-se numa estratégia de adaptação à descentralização de competências na área da saúde e à crescente digitalização dos serviços, como as teleconsultas.

“Estamos a preparar o centro de saúde para acolher novas valências, como análises clínicas, pequenos diagnósticos e equipas multidisciplinares, que exigem espaços adequados e funcionais”, afirmou o autarca.

O projeto contempla não só a ampliação do edifício, mas também a requalificação integral das instalações existentes, com intervenções ao nível da climatização, substituição de infraestruturas obsoletas, como canalizações em fibrocimento, e melhorias estruturais que visam aumentar o conforto e a eficiência energética do edifício.

O financiamento da obra será assegurado em parte por fundos europeus, num montante de quatro milhões de euros, sendo o restante valor suportado por verbas do orçamento municipal.

Além da componente física, o projeto inclui medidas para atrair e fixar profissionais de saúde, uma das principais preocupações da autarquia.

“Neste momento, temos uma carência de dois médicos para garantir a cobertura total das necessidades da população. Queremos criar condições para que os profissionais escolham Almeirim como local de trabalho e de vida”, sublinhou Pedro Ribeiro.

Nesse sentido, está prevista a construção de quatro apartamentos – dois T1 e dois T2 – destinados a acolher médicos internos ou profissionais em mobilidade.

“Não se trata de uma solução definitiva, mas de uma resposta transitória que pode fazer a diferença na hora de escolher entre concelhos”, acrescentou.

A autarquia espera que a presença de internos contribua para a fixação de médicos a médio e longo prazo, numa lógica de planeamento estratégico para os próximos 10 a 20 anos.

“Quem tem internos tem mais probabilidade de os ver ficar. É uma aposta no futuro”, concluiu o presidente da câmara.

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