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Covid-19: Berlim estima recessão de 6,3% em 2020 devido ao impacto da pandemia (ATUALIZADA)

LUSA
29-04-2020 14:27h

A economia alemã deverá contrair-se 6,3% em 2020 devido ao impacto da pandemia da covid-19, segundo as previsões da primavera do Governo alemão.

Esta estimativa indica a maior contração da economia alemã registada desde a crise de 2009, quando o Produto Interno Bruto (PIB) alemão recuou 5,6%, e fica acima da antecipada pelos principais institutos económicos alemães, que apontaram recentemente para uma queda de 4,2% este ano.

Em 2019, a Alemanha evitou a recessão, tendo o PIB crescido 0,6%, depois de ter avançado 1,5% em 2018 e 2,5% em 2017.

Já para 2021, Berlim espera uma recuperação que permitirá à economia alemã crescer até 5,2%, segundo as projeções governamentais.

O ministro da Economia, Peter Altmaier, admitiu, quando apresentou estas projeções económicas afetadas pela pandemia, que o país registará este ano "a pior recessão da sua História", mas afirmou que confia que na segunda metade de 2020 haverá uma certa recuperação.

Altmaier adiantou que a premissa de uma evolução positiva do PIB em 2021 parte do pressuposto de que a pandemia evoluirá para uma fase em que seja "controlável", com a esperança de contar com uma vacina que limite a propagação.

Mas disse que o Governo alemão conta para isso com que o cenário internacional não crie novas incertezas, entre as quais mencionou a possibilidade de um aumento das tendências protecionistas no comércio mundial.

Altmaier explicou que a pandemia tem como consequência tanto a queda da atividade interna como a do resto do mundo e que esta última circunstância afetará especialmente a Alemanha, cuja economia se apoia fortemente na exportação.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 217 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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