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Covid-19: Governo timorense considera essenciais medidas económicas para mitigar efeitos

LUSA
23-04-2020 08:20h

O primeiro-ministro timorense disse hoje que as medidas socioeconómicas aprovadas pelo Governo pretendem mitigar os efeitos da covid-19 na população, afirmando que a ação do executivo será “proporcional e progressiva”.

“A economia em todo o lado está praticamente parada, o desemprego aumenta, não há crescimento e as famílias estão a passar um mau bocado”, disse Taur Matan Ruak.

“O Governo tem vindo a trabalhar para aprovar medidas económicas e sociais que ajudem a população, minimizando o impacto da covid-19”, sublinhou.

Taur Matan Ruak falava aos jornalistas depois do seu encontro semanal com o chefe de Estado, Francisco Guterres Lu-Olo, onde a questão da covid-19 dominou a agenda.

O Governo pediu esta semana ao Presidente a extensão por mais 30 dias, até 26 de maio, do estado de emergência que vigora até 26 de abril, devendo o assunto ser debatido no Parlamento Nacional ainda esta semana.

No encontro, o chefe do Governo deu conta da situação de segurança no país, que se mantém calma com apenas “pequenos incidentes” e ainda do “esforço do Governo para continuar nos preparativos para responder à covid-19”.

“O Presidente continua a apoiar o Governo e o esforço das medidas para minimizar o efeito da covid-19. Depois virá a fase seguinte, o da recuperação, mas temos que ir implementando planos progressivamente”, disse.

O primeiro-ministro disse que os vários Ministérios vão agora dar a conhecer à população as medidas já aprovadas, que incluem apoios a empresas e trabalhadores, subsídios para eletricidade e para estudantes no estrangeiro, entre outras.

Entre as questões discutidas pelos dois líderes estiveram os esforços do Governo para corrigir algumas das “limitações de infraestruturas” do setor de saúde, bem como “na preparação de funcionários” do setor envolvidos no combate à pandemia.

Taur Matan Ruak disse que a prioridade do Governo é a proteção da vida, mas também procurar minimizar os efeitos que a pandemia está a ter na economia, motivo pelo qual as medidas adotadas no estado de emergência foram mais “flexíveis”.

“Há nações com 'lock down'. Aqui optamos por ser mais flexíveis, mantendo as lojas abertas e usando as medidas de forma proporcional e progressiva”, afirmou.

“Pedimos à população que contribua e continue a cumprir as instruções do Ministério da Saúde sobre distanciamento social e higiene. Esta doença é preocupante e esperamos que aqui não se agrave a situação”, afirmou.

Timor-Leste tem até ao momento 23 casos confirmados, com um paciente recuperado.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 182 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. 

Mais de 593.500 doentes foram considerados curados.

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