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Hidroelétrica moçambicana disponibiliza 6,1 ME para construção de hospital

Lusa
20-11-2025 15:53h

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) vai disponibilizar 450 milhões de meticais (6,1 milhões de euros) para a construção de um hospital no centro de Moçambique, visando reduzir "longos percursos" em busca de cuidados de saúde.

Segundo um comunicado da HCB, consultado hoje pela Lusa, o Hospital Distrital de Chitima, na província de Tete, onde está sediada a hidroelétrica, deverá reduzir os longos percursos feitos pela comunidade em busca de cuidados médicos e prevê atender cerca de 187 mil habitantes dos distritos de Cahora Bassa, Changara, Marávia, Mágoè e Marara.

O ministro da Saúde moçambicano, Ussene Isse, agradeceu à Hidroelétrica de Cahora Bassa pelo finaciamento, durante o lançamento da primeira pedra para a construção da unidade hospitalar, na quarta-feira.

“Gostaria de agradecer, de forma especial, à HCB, pois são verdadeiros amigos do povo moçambicano porque os verdadeiros amigos não são aqueles que abraçam a todo momento, mas sim aqueles que trazem soluções às dificuldades”, disse o ministro, citado no comunicado.

Num investimento totalmente financiado pela HCB, o Hospital Distrital de Chitima terá 65 camas e será construído de forma faseada, beneficiando de equipamentos e mobiliário médico-hospitalar modernos, refere a hidroelétrica moçambicana no documento.

A HCB avançou ainda que o novo hospital vai realizar consultas externas e contará, entre outros serviços, com bloco operatório, urgências, maternidade e obstetrícia, casa-mãe em espera, enfermaria, morgue e lavandaria, numa iniciativa que, segundo a empresa, responde aos apelos do Governo moçambicano para ampliar a oferta de serviços de saúde essenciais "às populações carenciadas" da região.

“O acesso a serviços de saúde de qualidade é fundamental para o desenvolvimento da comunidade e do país, e orgulhamo-nos de desempenhar um papel na melhoria das infraestruturas de saúde desta região”, afirmou Tomás Matola, presidente do conselho de administração da HCB, também citado no comunicado.

O Estado moçambicano detém 90% do capital social da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, desde a reversão para Moçambique, acordada com Portugal em 2007, enquanto a empresa portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN) tem uma quota de 7,5% e a Eletricidade de Moçambique 2,5%.

A albufeira de Cahora Bassa é a quarta maior de África, com uma extensão máxima de 270 quilómetros em comprimento e 30 quilómetros entre margens, ocupando 2.700 quilómetros quadrados e uma profundidade média de 26 metros, contando com quase 800 trabalhadores.

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