O governo populista liberal da República Checa divulgou hoje um plano para aliviar as medidas de distanciamento social no país, com o objetivo de "retornar gradualmente à normalidade entre 20 de abril e 08 de junho".
As universidades e as escolas vão continuar fechadas por tempo indeterminado, mas o plano do governo liderado por Andrej Babis inclui a abertura gradual, entre outros, de lojas, cinemas, teatros, salas de espetáculos, restaurantes e museus, encerrados desde 14 de março.
O governo checo estabeleceu um calendário provisório, dividido em cinco fases, com intervalos de uma ou duas semanas entre elas, revelou, em Praga, o vice-primeiro-ministro Karel Havlicek.
A partir de 20 de abril poderão reabrir mercados de rua, concessionárias de carros e bazares e centros de treino para atletas de elite. Podem também voltar a celebrar-se festas de casamento, com um máximo de dez convidados.
Para 27 de abril, está prevista a reabertura de todas as pequenas lojas com área inferior a 200 metros quadrados, desde que não fiquem situadas em centros comerciais.
A 11 de maio reabrem as lojas até mil metros quadrados, fora das grandes superfícies e ainda escolas de condução e academias de ginástica, embora com restrições sobre o uso de chuveiros e vestiários.
"Dependendo da evolução da epidemia", disse Havlicek, por volta de 25 de maio serão abertos cabeleireiros, além de restaurantes e cafés que possuam esplanadas e terraços ao ar livre.
Está ainda prevista para essa data a reabertura de museus, galerias e jardins zoológicos.
Por fim, no dia 08 de junho, reabrem todas as lojas em grandes superfícies, além dos espaços interiores de restaurantes e cafés. Os hotéis podem voltar a funcionar e o serviço de táxis será retomado.
O vice-primeiro-ministro avisou que as medidas serão revistas ou poderão ser suspensas se a epidemia voltar a agravar-se. O objetivo é manter o número de infetados sempre abaixo de 500 por dia.
A República Checa é, juntamente com a Áustria e a Dinamarca, "um dos primeiros países da UE a relaxar as restrições", sublinhou Havlicek.
Até agora, este país da Europa Central registou 6.101 infeções confirmadas com o novo coronavírus, tendo morrido 161 pessoas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou quase dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.