Pelo menos seis estabelecimentos de restauração e venda de bebidas foram encerrados por incumprimento de normas de higiene e mais de 4.000 produtos expirados e deteriorados foram destruídos, na província de Manica, centro de Moçambique, anunciou fonte oficial.
Segundo a inspetora-geral da Inspeção Nacional de Atividades Económicas (INAE) de Moçambique, Shaquila Aboobacar, o encerramento dos estabelecimentos resulta dos trabalhos de fiscalização realizados entre segunda e quarta-feira em pelo menos 14 unidades económicas, no contexto das festas.
"A [inspeção] culminou com a suspensão temporária das atividades em seis estabelecimentos de restauração e bebidas por razões de incumprimento das normas de higiene, limpeza e segurança no processo de preparação das refeições", disse à comunicação social a responsável.
A inspetora avançou que, durante a fiscalização, foram encontrados ainda produtos deteriorados e mal conservados nas prateleiras, higiene e limpeza deficiente nos armários e nas cozinhas dos restaurantes, entre outras infrações.
"Foram destruídos um total de 4.249 unidades diversas de produtos fora de prazo e deteriorados, avaliados em 117.175 meticais [1.558 euros], nomeadamente iogurtes, molho de tomate, camarão, carne, pão, bebidas e sorvetes", concluiu Aboobacar.
O Ministério da Economia suspendeu na terça-feira, até 10 de janeiro, as restrições à distribuição e venda de bebidas alcoólicas aos fins de semana e dispensou a comunicação prévia de alargamento do horário de estabelecimentos comerciais, mas pediu que os agentes económicos observem rigorosamente a legislação em vigor, incluindo as normas de licenciamento, horários estabelecidos, além do cumprimento das regras de ordem pública, saúde e segurança.
“A presente medida visa criar maior flexibilidade para o exercício da atividade comercial, garantindo melhores condições de abastecimento ao mercado, maior comodidade aos consumidores e estímulo à dinâmica económica, particularmente no contexto da quadra festiva e do início do novo ano”, referia-se num comunicado daquele ministério moçambicano.
A INAE também encerrou, em novembro, uma fábrica de sumos na província de Sofala, centro do país, por crime contra a saúde pública, após encontrar grandes quantidades de matérias-primas fora de prazo desde 2022.