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Moncorvo aprova orçamento de 29,9 ME para 2026 com um voto contra e uma abstenção

LUSA
12-12-2025 17:02h

A Câmara de Torre de Moncorvo aprovou hoje um orçamento de 29,9 milhões de euros para 2026, com três votos a favor da governação PSD, uma abstenção do PS e um voto contra também do PS.

“Este é um orçamento que tem mais dois milhões de euros face ao apresentado para 2025. Não é apenas um exercício de contabilidade pública: é um instrumento político que traduz em números uma visão de futuro para Torre de Moncorvo”, disse à Lusa o presidente da Câmara (PSD), José Meneses.

Para o autarca do distrito de Bragança, o orçamento municipal é um documento técnico, mas inclui todas as opções políticas para o ano de 2026.

“Trata-se de um documento previsional, porque não sabemos, a bem da verdade, quais os condicionalismos que vamos ter em 2026, sabendo que os tempos que se avizinham não vão ser fáceis, por isso pretendemos um orçamento que traga estabilidade, responsabilidade e ambição para o próximo ano”, disse.

Segundo José Meneses, este orçamento assenta em três ideias: cuidar das pessoas, reforçar a coesão do território e preparar o concelho para os desafios das próximas décadas.

“Cuidar das pessoas, garantindo respostas sociais, de saúde, educação e habitação, reforçar a coesão do território, valorizando cada freguesia e cada aldeia, preparar o futuro, investindo em economia, juventude, cultura, transição digital e adaptação às alterações climáticas”, explicou o autarca.

No campo do desenvolvimento económico, o concelho precisa de atrair investimentos e manter os já existentes, com medidas concretas e apoiar os produtores locais, como é o caso da agricultura.

“O setor primário é a grande ocupação das pessoas que residem no nosso território”, sublinhou.

José Meneses acrescentou ainda que, “o setor social absorve uma grande parte deste orçamento, com apoios à natalidade, às famílias mais vulneráveis, aos idosos e nos transportes aos doentes oncológicos e outros, mas também na comparticipação de medicamentos, entre outras valências”, frisou.

Já no campo da educação, “prioridade estratégica, este orçamento prossegue o apoio ao sucesso escolar, às famílias com filhos em idade escolar, aos estudantes do ensino superior, às atividades complementares, ao transporte e à alimentação escolar”.

A cultura, o património e o turismo surgem, em 2026, cada vez mais integrados na visão de desenvolvimento deste município do Douro Superior

“A Basílica de Nossa Senhora da Assunção, o património histórico e religioso, os Lagos do Sabor, o Douro, as aldeias, as tradições, os eventos emblemáticos como a Feira Medieval, a programação da Escola Municipal Sabor Artes e das associações, tudo isto compõe uma identidade que queremos afirmar e valorizar”, afirmou José Meneses.

A juventude e o desporto também continuam a ocupar um lugar central no orçamento para 2026.

No campo dos impostos municipais, o IMI fica no valor de 0,4%, já com a Derrama a fixar-se em 0,5% a aplicar à extração mineira, pedreiras, setor energético e banca. O IRS tem uma taxa de 0,5%.

A Lusa contactou os eleitos pela oposição socialista, que optaram por não fazer comentários ao documento apresentado pela maioria do PSD .

A câmara de Torre de Moncorvo é composta por cinco vereadores, três dos PSD e dois do PS.

O PSD tem igualmente maioria na Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo (AMTM).

O documento segue para votação em assembleia municipal.

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