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Hospital no Domicílio Sénior arranca em janeiro em quatro concelhos do Oeste

Lusa
05-12-2025 20:20h

O projeto-piloto "Hospital no domicílio Sénior" vai arrancar em quatro concelhos do Oeste no dia 02 de janeiro de 2026 e abranger, na primeira fase, 210 utentes de estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPI).

O projeto Hospital no domicílio Sénior - Unidade de Suporte de Ambulatório Sénior, apresentado hoje na Casa da Música, em Óbidos, é desenvolvido em parceria pela Segurança Social de Leiria e pela Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste.

Na primeira fase, que decorre entre janeiro e março do próximo ano, "serão abrangidos quatro concelhos - Caldas da Rainha, Bombarral, Óbidos e Peniche - mas a ideia é no futuro, se existirem meios, alargar a todos os concelhos da ULS Oeste", afirmou o diretor do Centro Distrital de Leiria da Segurança Social, João Paulo Pedrosa.

A iniciativa vai incidir na criação de uma linha de comunicação direta entre cinco ERPIs destes concelhos e uma equipa do serviço de urgências da ULS (que integra os hospitais das Caldas da Rainha e Peniche, no distrito de Leiria e de Torres Vedras, no distrito de Lisboa), que permitirá aos técnicos das instituições "tirar dúvidas sobre o estado clínico dos utentes e fazer uma pré-triagem para decidir se estes necessitam de ser transportados às urgências ou podem ser tratados nos respetivos lares, onde estão mais confortáveis", explicou o mesmo responsável.

Além de pretender "dar mais bem-estar, mais conforto e prestar cuidados de saúde aos idosos nos locais onde eles estão mais confortáveis" o projeto visa, segundo a presidente do Conselho de Administração da ULS, Elsa Baião, "responder à elevada afluência da população sénior às urgências hospitalares".

Segundo a mesma responsável, em 2024, deram entrada nas urgências hospitalares "2.010 utentes de ERPI", um número que "não chega a 2% do total das urgências".  Embora "possa não ser muito expressivo em termos quantidade, corresponde a utentes que ficam muitas horas em macas, nalguns casos em situações constrangedoras", afirmou.

Nos quatro concelhos estão identificados 3.900 utentes, distribuídos por 68 estabelecimentos, entre ERPIS, Instituições Particulares de Solidariedade Social e respostas privadas.

Na primeira fase o projeto irá apenas abranger 210 utentes, distribuídos por uma ERPI de cada concelho e por uma instituição privada do concelho das Caldas da Rainha.

O objetivo é que, relativamente a estes utentes, "que são sinalizados, que haja uma informação médica que possibilite a decisão sobre se o doente é para ir à urgência ou não", disse Elsa Baiã, admitindo que a metodologia possa ser alargada a "outros serviços como teleconsultas" e, numa segunda fase, "a mais instituições", disse Elsa Baião.

Na primeira fase o projeto vai contar com uma médica e uma enfermeira que prestarão atendimento telefónico de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 16:00.

A ULS do Oeste é a terceira a implementar o projeto-piloto que já está em curso na ULS de Leiria (onde já se iniciou a segunda fase) e na ULS de Coimbra, onde arrancou a semana passada.

A ULS do Oeste agrega numa única entidade o Centro Hospitalar do Oeste, o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Norte e o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Sul. Integra os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Peniche, no distrito de Leiria, e de Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras e Sobral Monte Agraço, no distrito de Lisboa.

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