Numa informação colocada nas redes sociais, a ULS adiantou que aprovou a criação destes centros que garantem “maior equidade no acesso a meios de diagnóstico”.

“Os novos centros de diagnóstico integrado (CDI) irão disponibilizar exames de imagem, análises laboratoriais e outros procedimentos essenciais, contribuindo para uma resposta mais rápida, eficaz e integrada”, referiu a ULS.

Para a ULS, “a criação destes quatro centros permitirá reduzir tempos de espera, facilitar o acesso dos utentes e evitar deslocações desnecessárias para unidades de maior dimensão”.

“O projeto representa um investimento de mais de 600 mil euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, no âmbito da estratégia nacional de modernização e requalificação dos serviços de saúde”, esclareceu.

Para a ULS, a medida representa “um passo decisivo na consolidação de uma rede de cuidados mais moderna, descentralizada e centrada no utente, garantindo diagnósticos mais rápidos, eficientes e de maior qualidade”.

À agência Lusa, o presidente do conselho de administração da ULS da Região de Leiria, Manuel Carvalho, explicou hoje que esta medida resulta de uma “orientação da tutela”, tendo sido a ULS a definir “os locais onde seriam considerados prioritários”.

Segundo Manuel Carvalho, o objetivo primeiro é criar “uma descentralização em termos de resposta de cuidados de saúde de meios complementares de diagnóstico”, para que as pessoas não se desloquem para as urgências centrais.

“Ou seja, criar, por um lado, a proximidade e, ao mesmo tempo, indiretamente evitar que as pessoas venham fazer exames complementares para as urgências centrais”, declarou, referindo que os CDI “foram distribuídos pelos concelhos de maior distância e com maior densidade populacional”.

O responsável da ULS esclareceu que, no caso de Ourém, a escolha se deveu por ser o mais distante, Marinha Grande por ser uma zona industrial e ter uma urgência básica, e Leiria por ser a zona de maior índice populacional, possibilitando que possam ser feitos exames na periferia e as pessoas não tenham de ir para a urgência central, no Hospital de Santo André.

Quanto a Porto de Mós, dada a proximidade com Batalha, o objetivo é ter um CDI que “permita aos dois concelhos também fazer esta triagem de utentes com gravidade menor, que possam logo fazer alguns meios complementares de diagnóstico de baixa complexidade”, completou.

Os CDI contemplam raio-X e análises clínicas, sendo que a ULS vai complementar com um eletrocardiógrafo, para que “situações de baixa complexidade possam logo ser resolvidas”, realçou Manuel Carvalho.

Ainda de acordo com o presidente da ULS, os CDI vão ficar nos centros de saúde Dr. Gorjão Henriques, em Leiria, e nos centros de saúde da Marinha Grande, Porto de Mós e Ourém.

Este investimento tem de estar concluído até ao verão de 2026.

A área de influência da ULS da Região de Leiria corresponde aos concelhos de Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Ourém, Pombal e Porto de Mós. Compreende três hospitais (Leiria, Pombal e Alcobaça) e 10 centros de saúde.