Meia centena de entidades assinam hoje a “Declaração pela Saúde” que visa construir um consenso alargado para construir um sistema de saúde mais sustentável, inclusivo e justo, colocando a saúde no centro do desenvolvimento social e económico do país.
“Num cenário global marcado por desafios crescentes, como o envelhecimento da população, a maior prevalência de doenças crónicas, a rápida evolução tecnológica e a necessidade de garantir a equidade no acesso aos cuidados, torna-se essencial reforçar a colaboração interinstitucional e intersetorial para responder, de forma integrada e sustentável, aos novos desafios da saúde e do progresso do país”, defendem os promotores da iniciativa em comunicado.
Para os signatários da “Declaração pela Saúde”, que será assinada na Academia das Ciências de Lisboa, “a cooperação entre diferentes entidades é a chave para a construção de respostas em saúde verdadeiramente sustentáveis, inovadoras e resilientes, capazes de colocar as pessoas no centro das decisões”.
O documento representa “um compromisso para a construção de um futuro em que a saúde se consolide como um direito universal e acessível, contribuindo para a longevidade saudável, a qualidade de vida das pessoas e a humanização dos cuidados”.
As entidades estabelecem “um consenso alargado” em torno dos princípios do documento, com o “propósito claro” de “construir, em conjunto e em colaboração, um sistema de saúde mais sustentável, inclusivo e justo, colocando a saúde no centro do desenvolvimento social e económico do país”.
Em linha com os princípios da declaração, defendem que “a proximidade e a capilaridade dos cuidados de saúde assumem um papel fundamental na promoção da equidade, da literacia em saúde e de soluções adaptadas às especificidades territoriais e às realidades locais”.
O documento destaca ainda a importância de avaliar o desempenho do sistema não apenas pela redução da mortalidade, mas também pela promoção ativa da saúde e pela adoção de políticas preventivas eficazes.
Defende igualmente a necessidade de integrar a saúde em todas as políticas públicas e de fomentar a partilha de conhecimento, a inovação, a sustentabilidade e a coesão territorial, envolvendo ativamente comunidades locais, autarquias, organizações sociais, escolas e associações.
A assinatura da “Declaração pela Saúde” encerra as Comemorações dos 50 anos da Associação Nacional das Farmácias, reunindo parceiros institucionais e as entidades nacionais e internacionais signatárias.
Entre as entidades signatárias estão associações representativas dos administradores hospitalares, médicos de saúde pública, hospitalização privada, distribuidores farmacêuticos, farmácias, cuidadores informais, indústria farmacêutica, estudantes e jovens farmacêuticos.
Também assinam o documento a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica, a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a Confederação Empresarial de Portugal, o Conselho Português para a Saúde e Ambiente, a Egas Moniz School of Health & Science, a Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde da Universidade Lusófona e a Escola Nacional de Saúde Pública.
As Faculdades de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior e da Universidade Fernando Pessoa, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve, as Faculdades de Farmácia das Universidades de Coimbra, Lisboa e Porto, e a Universidade de Évora são outras signatárias do documento.
As ordens profissionais dos Médicos Dentistas, dos Nutricionistas, dos Psicólogos, dos Enfermeiros, dos Farmacêuticos, dos Biólogos, a Federação Nacional das Associações de Doenças Crónicas, o Fórum Saúde XXI, o Health Cluster Portugal, o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, o Instituto Universitário de Ciências da Saúde, a Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde e a Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens e Medicamentos também subscrevem o documento, entre outros.