O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou terça-feira um acordo com a farmacêutica Pfizer para reduzir o preço de alguns medicamentos no mercado norte-americano, em troca de isenções tarifárias.
"Agora vamos pagar os preços mais baixos", proclamou num evento na Casa Branca o Presidente norte-americano, que tinha prometido reduzir o custo dos medicamentos no país.
Os preços dos medicamentos nos Estados Unidos são dos mais elevados do mundo e superam os praticados nos seus países vizinhos e na Europa: de acordo com um estudo da Rand Corporation, os norte-americanos pagam em média 2,5 vezes mais por medicamentos sujeitos a receita médica do que os franceses, por exemplo.
Na Casa Branca, o presidente da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que "os grandes ganhadores" do acordo seriam "claramente os doentes americanos".
O acordo anunciado hoje prevê que a Pfizer reduza o preço de venda de vários dos seus medicamentos ao Medicaid, o plano de saúde para pessoas de baixos rendimentos.
A farmacêutica vai também oferecer diretamente aos pacientes alguns medicamentos a preços reduzidos, através de um novo site governamental.
Estes medicamentos, detalhou a Pfizer em comunicado, serão oferecidos "com descontos de 50% em média" e podendo ir até 85%.
Além disso, referiu Donald Trump, "qualquer novo medicamento introduzido pela Pfizer no mercado americano será vendido a um custo reduzido", e os preços ficarão assim alinhados com os mais baixos aplicados noutros países desenvolvidos.
Não foi referido quais os medicamentos da Pfizer incluídos no acordo.
No entanto, foi especificado que a Pfizer beneficiaria, em troca, de uma isenção de três anos das tarifas proibitivas com as quais Trump está a ameaçar a indústria.
O Presidente norte-americano levantou recentemente a possibilidade de um imposto de 100% sobre todos os medicamentos patenteados importados, a partir de 01 de outubro, a menos que as farmacêuticas construam fábricas nos Estados Unidos.
Nos últimos meses, Trump tomou inúmeras medidas para incentivar as empresas farmacêuticas a repatriar a sua produção para os Estados Unidos e a reduzir os seus preços, algo que não fez durante o seu primeiro mandato.