O Presidente da República lembrou hoje a promessa da ministra da Saúde de fazer o que pudesse para resolver os problemas nas urgências de obstetrícia e ginecologia, esperando progressos até ao “fim do verão”.
Em declarações às televisões junto à praia de Monte Gordo, no Algarve, onde se encontra a gozar férias, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que “foi prometido pela ministra da Saúde” fazer o “que estivesse ao seu alcance para resolver os problemas” relacionados com os serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia”.
“Falou-se disso numa visita ao Hospital Santa Maria há um ano. E a senhora ministra disse ‘vamos ver se este ano damos a volta à coisa e para o ano temos uma situação estabilizada’. Tem havido passos nesse sentido, mas ainda há, de facto, problemas de urgências”, acrescentou o Presidente da República.
O chefe de Estado disse que agora é tempo de “ver se até ao fim do verão, os passos dados permitem que a estabilização altere aquilo que foi um problema de falta de pessoal (...) e organização de serviços”.
“Vamos ver, vamos esperar por setembro ou outubro”, concluiu.
Há um ano, Marcelo Rebelo de Sousa referiu, numa visita ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, esperar por uma resposta do Governo o mais rapidamente possível, sobre o funcionamento das urgências.
“Criei expectativas muito altas. Perante a gravidade dos problemas, ao falar-se de um plano de emergência, cada um de nós deseja que a resposta seja o mais rápido possível”, sublinhava o Presidente, para concluir que tinha ouvido a ministra [Ana Paula Martins] a dizer que esperava que aquilo que se vivia em 2024 não fosse vivido em 2025.
Numa resposta enviada, na passada sexta-feira, ao jornal Público, Marcelo afirma que “espera o fim do verão para, eventualmente, formular juízo sobre a matéria”, 12 meses depois o assunto não ter sido resolvido e de se manterem fechados de forma alternada alguns serviços de urgência obstétrica e pediátrica, sobretudo aos fins de semana.