O Infarmed recebeu 115 pedidos para realização de ensaios clínicos no primeiro semestre deste ano, mais seis face ao mesmo período de 2024, tendo já autorizado 93, revelam dados hoje divulgados pela autoridade do medicamento.
Para a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), o aumento de pedidos “reforça o posicionamento de Portugal como país atrativo para a realização de investigação clínica em contexto europeu”.
A oncologia destacou-se como a principal área terapêutica dos ensaios submetidos no primeiro semestre, com 38 pedidos, seguindo-se os estudos relacionados com doenças do sistema imunitário (14) e do sistema nervoso (9), refere o Infarmed num comunicado divulgado no ‘site’.
“Registou-se ainda um número significativo de ensaios em doenças cardiovasculares (7), do sistema digestivo (5), oculares (5), do trato respiratório (4) e da pele (3)”, salienta.
Foram ainda submetidos pedidos de ensaios clínicos em áreas como saúde mental, infeções bacterianas, doenças metabólicas e doenças raras.
Para o Infarmed, “esta diversidade terapêutica demonstra o interesse crescente por parte dos promotores em desenvolver investigação clínica em múltiplos domínios da saúde, contribuindo para o avanço científico e para o acesso dos doentes a novas terapêuticas”.
Segundo a autoridade do medicamento, no final do primeiro semestre, estavam já autorizados 93 ensaios clínicos, o que diz refletir “o compromisso do Infarmed em promover uma avaliação simultaneamente rigorosa e célere, em estreita articulação com a Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC)”.
Nos ensaios mononacionais, o tempo médio de autorização foi de 31 dias.
Para o diretor da Unidade de Investigação Clínica (UIC), Joel Passarinho, do Infarmed, estes resultados refletem “o esforço contínuo do Infarmed em promover condições para acelerar os prazos dos ensaios clínicos e garantir um processo de avaliação eficiente, sem comprometer o rigor científico e ético”.
“Demonstram também a confiança dos promotores na capacidade do sistema nacional para acolher investigação clínica de qualidade", considera Joel Passarinho.
A autorização da realização de um ensaio clínico em Portugal depende do parecer favorável da Comissão de Ética para a Investigação Clínica e da aprovação do Infarmed.