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Governo moçambicano interdita circulação de gado bovino em Gaza devido à febre aftosa

LUSA
30-07-2025 16:58h

O Governo moçambicano interditou hoje a circulação de gado bovino e seus produtos na província de Gaza, sul do país, devido à febre aftosa, numa altura em que são necessárias 50 mil doses de vacina para estancar a doença.

“Há o surgimento de focos de febre aftosa no distrito de Massingir, interditando, deste modo, a comercialização e movimentação dos animais e subproduto desde o distrito de Mabalane [província de Gaza] para outros pontos do país. Há insuficiência de vacina para a realização de campanhas de vacinação de bovinos e galinhas”, disse a governadora de Gaza, Margarida Mapanzene.

A febre aftosa foi diagnosticada em Massingir, em junho, e esta é segunda vez que se regista um surto local da doença em menos de um ano. A coabitação de gado bovino com outros animais como búfalos é a principal causa desta doença, referem as autoridades.

Num relatório governamental indica-se que a febre aftosa é a doença com “maior impacto negativo na economia”, tendo Moçambique registado 15 focos em 2023 – contra o pico de 25 em 2022 -, dos quais 13 na província de Tete e dois em Manica, províncias do centro do país.

“A sua ocorrência pode gerar interdição das transações comerciais do país com outros mercados internacionais, tanto de produtos de origem animal como vegetal, provenientes das zonas afetadas”, aponta-se no relatório, sobre os focos de febre aftosa.

A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais de casco fendido, como bovinos, suínos, ovinos e caprinos e é caracterizada por febre e vesículas (aftas) na boca, focinho, tetas e pés dos animais.

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