O Banco Mundial aprovou um financiamento de 201 milhões de dólares (171 milhões de euros) para fortalecer a resposta do sistema de saúde de Moçambique às catástrofes naturais e alterações climáticas, anunciou hoje a entidade.
"O Banco Mundial aprovou o Projeto de Resiliência para Proteger Vidas e Fortalecer a Resposta de Emergência em Moçambique", lê-se no comunicado enviado à Lusa, no qual se salienta que "o projeto também apoia o desenvolvimento de infraestruturas adaptadas ao clima e planos de preparação para emergências, reconhecendo os crescentes riscos de saúde devido às alterações climáticas".
Enquadrado num programa regional para fortalecer a segurança sanitária em toda a África Oriental e Austral, o projeto do Banco Mundial pretende "reforçar a capacidade dos profissionais de saúde, especialmente em áreas de alto risco, melhorando os sistemas de recrutamento, formação e retenção; melhorar as cadeias de abastecimento farmacêutico, apoiando a agência reguladora para tornar os processos de aquisição mais transparentes e rápidos, reduzindo e padronizando os preços dos produtos de saúde para garantir o acesso a medicamentos, especialmente durante crises".
Outro dos objetivos passa por investir na "vigilância de doenças e capacidade laboratorial para melhorar os sistemas de alerta precoce e resposta, a fim de detetar e responder rapidamente a emergências de saúde, como surtos de cólera ou ondas de calor".
O apoio do Banco Mundial também se destina ao desenvolvimento de infraestruturas adaptadas às alterações climáticas e planos de preparação para emergências, reconhecendo os riscos crescentes para a saúde decorrentes da mudança do clima.
"Moçambique já está a sentir os impactos na saúde de choques e emergências", disse o diretor interino da Divisão do Banco Mundial em Moçambique, Luc Lecuit, acrescentando: "O programa apoia os esforços do Governo para fortalecer a prestação de serviços essenciais de saúde, investindo em preparação e resiliência, garantindo que os serviços permaneçam operacionais durante inundações, tempestades e epidemias".
O programa é financiado pela Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), organismo do Banco Mundial, e será desenvolvido ao longo de cinco anos.
No comunicado, o Banco Mundial afirma ainda que, "em conjunto com outros parceiros de desenvolvimento, está a aumentar o apoio ao setor da saúde em Moçambique através de um reforço de 63,7 milhões de dólares [45,3 milhões de euros] ao Projeto de Revitalização dos Serviços de Saúde Distritais e Comunitários, atualmente em curso", e conclui que este financiamento "irá expandir o impacto do projeto nos 63 distritos mais vulneráveis de Moçambique".