“Continuaremos comprometidos com esse esforço e saudamos todos aqueles que também se juntam a nós nesse esforço comum”, afirmou Luís Montenegro em Bruxelas, numa intervenção em inglês, a que a Lusa teve acesso.

No discurso que fez na reunião de alto nível coorganizada pela Gavi, liderada pelo antigo primeiro-ministro português José Manuel Durão Barroso, e pela Fundação Gates, Montenegro sublinhou que aquele trabalho “é vital” e merece amplo apoio de Portugal.

“O Governo de Portugal anunciou recentemente uma contribuição de 2,5 milhões de euros para a Aliança Global para Vacinas e Imunização para o próximo período estratégico de cinco anos. Esta contribuição representa um reforço significativo do compromisso de Portugal com o avanço da Saúde Global”, afirmou.

De acordo com o chefe de Governo, ao “contribuir para o reforço dos programas de vacinação – nomeadamente nos países africanos de língua portuguesa – o Governo português pretende promover uma cobertura vacinal mais ampla, a prevenção de doenças e sistemas de saúde mais fortes”.

“Portugal mantém-se firmemente comprometido com os princípios do multilateralismo e acredita que ninguém deve ser deixado para trás. Valorizamos fortemente a GAVI como um parceiro multilateral fundamental e um pilar vital da arquitetura da saúde global”, sustentou.

Montenegro renovou o compromisso de Portugal em continuar a ajudar “países vulneráveis a construir sistemas de saúde mais fortes e resilientes”.

“A nossa cooperação com a Gavi representa não apenas um investimento partilhado em saúde pública, mas também uma poderosa expressão de solidariedade global”, afirmou.

A Comissão Europeia anunciou hoje uma verba adicional de 360 milhões de euros para a Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi), à qual se somarão contribuições dos países da UE para atingir dois mil milhões de euros.

“Tenho o prazer de anunciar uma contribuição de 360 milhões de euros para a Gavi nesta cimeira. Este montante faz parte de um compromisso total da ‘Equipa Europa’ de dois mil milhões de euros, ou mesmo mais”, disse a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, durante a reunião de alto nível em Bruxelas coorganizada com a Fundação Gates.

A responsável acrescentou que “em breve” serão assinados “novos mecanismos de garantia de volume, desenvolvidos com o Banco Europeu de Investimento e a Fundação Gates”, que vão garantir “mais de 100 milhões de euros para a compra de suprimentos médicos em países em desenvolvimento”.

Von der Leyen salientou que “por cada dólar investido em vacinas, obtém-se um retorno de 54 dólares norte-americanos [46 euros], graças a custos de saúde mais baixos e maior produtividade”.