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EUA aprovam tratamento preventivo para combater o VIH

LUSA
18-06-2025 22:23h

Os Estados Unidos aprovaram um novo tratamento de prevenção do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que causa a SIDA, há muito aguardado, conforme anunciado hoje pela empresa farmacêutica Gilead, que o está a desenvolver.

Denominado Yeztugo, o tratamento consiste em duas injeções anuais e poderá revolucionar a luta contra o VIH, facilitando consideravelmente o tratamento preventivo.

Os medicamentos destinados a prevenir a transmissão do VIH, conhecidos como “profilaxia pré-exposição” ou “PrEP”, existem há mais de uma década, mas geralmente requerem a toma de um comprimido diário.

Em 2021, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos (entidade reguladora dos medicamentos) aprovou o primeiro medicamento injetável para este fim, o Apretude da ViiV Healthcare.

De acordo com a Gilead, o novo tratamento estará agora disponível para “adultos e adolescentes com peso mínimo de 35 kg” que “precisam ou querem PrEP”.

“Este é um dia histórico na luta contra o VIH”, declarou Daniel O'Day, diretor executivo da empresa americana de biotecnologia, num comunicado de imprensa em que anunciou a aprovação.

A Gilead já está a oferecer o Sunlenca, um tratamento antirretroviral baseado na mesma molécula, o lenacapavir, desde 2022.

De acordo com os especialistas, o Sunlenca promete uma eficácia sem precedentes e poderá mudar a face da SIDA.

No entanto, estas esperanças podem ser frustradas por preços astronómicos. Embora não tenha sido divulgado pela empresa, os analistas estimam que o preço de lançamento nos Estados Unidos poderá atingir os 25.000 dólares por ano.

Muitas pessoas apelaram ao laboratório para tornar estes tratamentos acessíveis nos países pobres, nomeadamente autorizando a sua produção genérica.

Em março, a diretora do programa das Nações Unidas criado em 1996 e que tem a função de criar soluções e ajudar nações no combate à sida (ONUSIDA), Winnie Byanyima, declarou que o mundo se encontrava “no início de uma nova revolução no tratamento preventivo” e que poderia “ver o fim da SIDA” se este tratamento, que qualificou de “ferramenta milagrosa”, fosse lançado de forma ambiciosa.

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