SAÚDE QUE SE VÊ

Dezenas de utentes em protesto contra falta de médicos na Quinta do Conde, Sesimbra

LUSA
17-06-2025 15:24h

Dezenas de pessoas concentraram-se hoje à entrada da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) da Quinta do Conde, em Sesimbra, em protesto contra a falta de médicos naquela unidade de saúde com 12.500 utentes sem médico de família.

O protesto foi convocado na sequência de uma decisão do diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de anular um concurso público aberto pela Unidade Local de Saúde da Arrábida (ULSA), para a colocação de seis novos médicos naquela unidade de saúde do concelho de Sesimbra, no distrito de Setúbal.

O presidente da Câmara de Sesimbra, Francisco Jesus, que se associou aos protestos dos utentes, lamentou a anulação do concurso público, lembrando que havia “uma equipa de nove médicos que iria trabalhar na UCSP, e que depois poderia integrar a Unidade de Saúde Familiar (ULSAF) da Quinta do Conde, que deverá estar concluída no final deste ano”.

“Estes médicos, que estavam preparados para integrar o Serviço Nacional de Saúde, veem-se na contingência de terem de ir para o privado. Isto é um contrassenso”, disse Francisco Jesus, assegurando que ainda não foi informado das razões que levaram à anulação do concurso da ULSA.

“Já pedimos uma reunião ao Ministério da Saúde, porque julgo que merecemos uma resposta”, acrescentou o autarca sesimbrense.

Segundo o presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde, Carlos Pólvora (PS), que também se mostrou desagradado com a anulação do concurso para a contratação de médicos, atualmente a UCSP tem apenas um médico, quando deveria ter pelo menos oito.

Além do presidente da Câmara de Sesimbra e do presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde, o protesto dos utentes devido à falta de médicos na UCSP contou também com a presença dos candidatos do PS, Sérgio Faiais, e do PSD, Lénia Anjos, à Câmara de Sesimbra nas próximas eleições autárquicas.

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