SAÚDE QUE SE VÊ

Criada nova associação de médicos para defender interesses do setor privado

LUSA
04-06-2025 18:47h

A Associação Portuguesa de Médicos de Família Independentes formalizou hoje oficialmente o seu pedido de registo no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, para tentar resolver a falta de médicos de família e defender os interesses do setor privado.

A APMF realizou a sua Assembleia Constituinte em 22 de maio, compondo-se como parceiro social para a promoção da medicina geral e familiar no setor privado.

Entre outras prioridades do novo organismo estão a requisição de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) por médicos de família privados, unidades de saúde familiar (USF) modelo C, convenção de medicina geral e familiar com o SNS, negociação de acordos com os subsistemas e com os Seguros de Saúde e representação dos especialistas junto dos grupos privados, enquanto prestadores de serviços.

“A APMF considera que o gravíssimo problema constituído por mais de 1,6 milhões de cidadãos sem médico de família, sem quem os acompanha e sem acesso à Saúde, a não ser recorrendo às urgências hospitalares, só será possível de resolver com a colaboração dos Médicos de Família privados, os quais possuem uma rede de consultórios que cobre todo o território nacional”, lembra a associação em comunicado.

Anunciando a solicitação de uma audiência com o Ministério da Saúde e com a Ordem dos Médicos, a associação refere que a “única forma realista de minorar o problema de quem não tem médico de família é possibilitar que os médicos de família do setor privado possam requisitar exames complementares de diagnóstico pelo SNS”.

“Num contexto de falta de médicos de família, não faz sentido que uns tenham dois médicos de família e outros não tenham nenhum”, argumenta, acrescentando que pretende colaborar com as várias associações do setor.

A direção da APMF é formada por António Maria Trigueiros de Sousa Alvim (presidente), Albino Alberto Rodrigues da Costa (vice-presidente), Joaquim Miranda Rocha Lopes (tesoureiro), José Augusto Rodrigues Simões (vogal), Helena Maria dos Santos Gonçalves Martins Nunes (vogal) e Fernando Manuel Lopes Zenha (vogal).

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