SAÚDE QUE SE VÊ

Médio Oriente: Primeiro-ministro israelita reivindica morte de líder do Hamas

LUSA
28-05-2025 15:47h

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje que Israel matou Mohammed Sinwar, considerado o líder do movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza.

“Eliminámos Mohammed Sinwar”, declarou o primeiro-ministro durante uma sessão parlamentar.

Segundo relatos dos meios de comunicação social israelitas, o exército israelita atacou, a 13 de maio, “um centro de comando e controlo do Hamas, localizado numa instalação terrorista subterrânea, sob o Hospital Europeu de Khan Yunis”, no sul da Faixa de Gaza, tendo como alvo Mohammed Sinwar, irmão de Yahya Sinwar, o líder supremo do Hamas, morto em outubro de 2024 no enclave palestiniano.

Mohammed Sinwar assumiu o controlo do Hamas na Faixa de Gaza após a morte do seu irmão.

“Expulsámos os terroristas do nosso território, entrámos à força na Faixa de Gaza, eliminámos dezenas de milhar de terroristas, eliminámos (...) Mohammed Sinwar”, disse Netanyahu no parlamento.

O atual conflito no Médio Oriente, que causou dezenas de milhares de mortos, sobretudo em Gaza, foi desencadeado por um ataque do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023.

O planeamento deste ataque de contornos inéditos é atribuído a Yahya Sinwar.

Nesse dia, o Hamas matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria das quais civis, segundo números oficiais de Telavive, e fez mais de 250 reféns, alguns dos quais morreram ou foram mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.

Mais de 54.000 palestinianos foram mortos na campanha militar de retaliação de Israel em território palestiniano, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

Segundo especialistas citados pela agência de notícias francesa AFP, Mohammed Sinwar liderou o braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qassam, que, juntamente com o movimento político, é considerada uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia.

Estes especialistas acreditam que Mohammed Sinwar esteve no centro das decisões para as negociações indiretas com Israel relativas à questão da entrega de vários dos reféns israelitas durante um cessar-fogo que vigorou no início deste ano.

O Hamas ainda não reagiu ao anúncio de Netanyahu.

MAIS NOTÍCIAS