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Universidades de Coimbra e Macau lançam laboratório de IA sobre nutrição

LUSA
28-05-2025 14:54h

A Universidade Politécnica de Macau anunciou hoje a criação de um laboratório conjunto com a Universidade de Coimbra que irá usar inteligência artificial (IA) para estudar a ligação entre a nutrição e a “longevidade saudável”.

Num comunicado, a Politécnica de Macau disse que o laboratório dedicado à nutracêutica vai concentrar-se em aplicar a IA nos “cuidados de saúde, nutrição de precisão, prevenção de doenças crónicas e gestão da saúde”.

A nutracêutica é uma combinação de nutrição e farmacêutica e estuda os potenciais efeitos positivos para a saúde dos componentes presentes em alimentos.

O novo laboratório vai “aproveitar ao máximo as vantagens das duas universidades nas áreas da inteligência artificial, ciências da saúde e tecnologia nutricional”, defendeu a Politécnica.

O acordo prevê a investigação interdisciplinar com especialistas das duas universidades para transformar os resultados em “soluções técnicas de ponta” e “aplicações inovadoras”, sublinha no comunicado.

A Politécnica garantiu ainda que o laboratório vai “formar talentos de alto nível para a indústria da saúde de Macau [e] promover o desenvolvimento de tecnologia através da cooperação com a indústria”.

A área da saúde e bem-estar foi apontada como um dos quatro setores em que o Governo de Macau quer apostar para diversificar a economia da região semiautónoma chinesa, altamente dependente dos casinos e turismo.

Por outro lado, a Politécnica defendeu que a criação do laboratório representa “um novo marco na cooperação educacional entre a China e os países de língua portuguesa”.

A nova instituição vai promover “a investigação científica e da inovação na área da saúde inteligente em Macau e em Portugal e apoiar a cooperação científica e tecnológica entre a China e Portugal”, referiu.

O acordo para a criação do laboratório foi assinado, em Macau, pelo reitor da Politécnica, Marcus Im Sio Kei, e pelo reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão.

Em junho de 2024, Falcão disse à Lusa, numa visita a Macau, que a instituição portuguesa e a Politécnica tinham lançado um duplo doutoramento em tecnologias de informação.

O doutoramento nasceu no anterior ano letivo e “está a começar a dar os primeiros resultados”, com 18 estudantes, “divididos entre portugueses e chineses”, disse então o reitor da Universidade de Coimbra.

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