A Câmara de Tondela aprovou hoje a abertura de um concurso público para a transformação do edifício do antigo sanatório infantil da vila do Caramulo, que se encontra devoluto, num museu dedicado ao brinquedo.
O concurso público tem como objetivo a requalificação, conceção do discurso expositivo e exploração do futuro museu.
Segundo a autarquia, o imóvel terá de ter “uma utilização de cunho museológico, cujo conteúdo se relacione de forma harmoniosa com o legado histórico do edifício e do Caramulo”.
“A requalificação e subsequente gestão do edifício será realizada por um parceiro privado, sem fins lucrativos e de utilidade pública reconhecida, ao abrigo de um contrato de concessão a celebrar com a autarquia”, explicou em comunicado, acrescentando que “a seleção desse parceiro será efetuada por intermédio de concurso público”.
Datado da década de 30 do século passado, o antigo sanatório infantil integrou a Estância Sanatorial do Caramulo, que foi uma das maiores da Península Ibérica.
“Propriedade da Administração Regional de Saúde do Centro, o imóvel foi objeto em 2017 de um protocolo de colaboração entre este organismo estatal e o município, para lá ser criado um Centro Interpretativo da Estância Sanatorial do Caramulo”, recordou a autarquia.
No entanto, esse acordo foi alterado no ano passado, “mantendo-se a necessidade de promover a reabilitação do edifício, dado o seu interesse público”, acrescentou.
A Câmara de Tondela (distrito de Viseu) passou a “estar habilitada a concessionar a gestão do espaço a uma entidade terceira sem fins lucrativos e de utilidade pública reconhecida, sem prejuízo de a Administração Regional de Saúde do Centro ter de aprovar o projeto de reabilitação”.
Na sua proposta, o vencedor terá de apresentar “o tipo de utilização de cariz museológico a dar ao edifício, a ser avaliado e ponderado pelo município, sendo depois, em fase de execução contratual, desenvolvido o estudo prévio e a seguir o projeto de execução”.
“O contrato em causa englobará a conceção do projeto e a realização das obras interiores e exteriores do edifício, da responsabilidade do privado, que assumirá ainda o risco de construção, exploração e financiamento da operação, sem o apoio monetário da Câmara Municipal”, explicou.
A autarquia terá a colaboração da Ordem dos Arquitetos – Secção Centro quer para a elaboração das especificações técnicas a incluir no caderno de encargos, quer para assessorar no procedimento pré-contratual de concurso público, designadamente na avaliação das propostas.