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Covid-19: Universidade Nova suspende ensino prático clínico nos hospitais

LUSA
09-03-2020 17:21h

A Universidade Nova anunciou hoje medidas de contingência no combate à Covid-19 recomendadas pela Direção-Geral de Saúde e suspendeu o ensino prático clínico de Medicina que leve alunos aos hospitais.

Tendo como “principal preocupação a segurança da sua comunidade académica”, a Universidade Nova adianta, em comunicado, que vai manter as medidas do Plano de Contingência previamente aprovado, reforçar todas as medidas profiláticas relativamente à Covid-19, como evitar os contactos diretos, fazer a lavagem frequente de mãos e superfícies e suspender reuniões científicas públicas com mais de 50 pessoas e com participantes provenientes do estrangeiro.

No âmbito do plano, a Nova decidiu também suspender quaisquer eventos públicos não científicos no perímetro da universidade, o ensino prático clínico da Medicina que leve alunos aos hospitais, iniciar a substituição das aulas (teóricas e práticas), sempre que possível, por conteúdos ‘e-learning’ e minimizar as viagens ao estrangeiro.

A universidade vai, por agora, manter o trabalho nos Laboratórios, “usando e reforçando escrupulosamente as medidas de profilaxia” explícitas no plano de contingência, reduzir o pessoal de apoio presente na instituição e nas unidades orgânicas, promovendo o trabalho a partir de casa, eliminar o controlo biométrico e reduzir a frequência de pessoas em cantinas e residências ao mínimo possível, apelando aos alunos para que o façam.

“Devidamente articulada com as autoridades de saúde, a Nova está atenta e vigilante ao evoluir da situação no país, avaliando os riscos em cada momento, atualizando regularmente a informação e adequando as medidas de resposta necessárias”, afirma a instituição.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.

Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países. Mais de 62 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 366 mortos e mais de 7.300 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

Portugal regista 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado no domingo.

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