O primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, foi operado no domingo “com sucesso” a uma hérnia, anunciou o seu gabinete, num comunicado hoje divulgado.
Benjamim Netanyahu está “em forma e começa a recuperar”, lê-se no comunicado, citado pela agência France Presse, divulgado após a operação.
O vice-primeiro-ministro e ministro da Justiça, Yariv Levin, irá substituir Netanyahu até este estar em condições de voltar a assumir funções.
No domingo, cerca de 100 mil pessoas protestaram em Jerusalém contra o Governo israelita e para exigir eleições antecipadas em Israel, tendo em conta a gestão daquele país da guerra na Faixa de Gaza.
O número de pessoas presentes na manifestação antigovernamental, na qual participaram pela primeira vez familiares dos reféns sequestrados pelo grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, foi avançado à agência espanhola EFE pelos organizadores do protesto.
Os familiares dos reféns – que têm realizado protestos independentes em relação à contestação antigovernamental - exigem um acordo que facilite a libertação das 130 pessoas que ainda estão em cativeiro em Gaza.
Benjamim Netanyahu, em declarações a jornalistas enquanto decorria o protesto e poucas horas antes de ser submetido à intervenção cirúrgica, defendeu que convocar eleições antecipadas só serviria para parar as negociações para a libertação dos reféns.
“O primeiro a agradecer seria o Hamas”, afirmou o governante.
Benjamim Netanyahu garantiu que faz tudo o que está ao seu alcance para libertar os reféns, mas que as exigências do grupo islamita palestiniano, nas negociações que estão a decorrer no Qatar, “são um perigo para a segurança nacional”.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou cerca de 32.800 mil mortos, dos quais mais de 70% são mulheres e crianças, aos quais se juntam 75.190 feridos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.