A porta-voz do PAN afirmou hoje que votar na AD “é um voto contra os direitos das mulheres”, e acusou a coligação liderada por Luís Montenegro de não representar os valores do século XXI.
“Virem dizer que é preciso voltar a referendar o direito ao aborto é um passo atrás nos direitos das mulheres e demonstra que há claramente uma diferença entre o PSD e a Aliança Democrática [que inclui o PPM e o CDS]”, disse Inês Sousa Real.
Para a candidata do Pessoas-Animais-Natureza, “foi um erro Montenegro ter dado a mão ao PPM, de Gonçalo da Câmara Pereira, e ao CDS, de Nuno Melo", alegando que "estão claramente a afrontar os direitos das mulheres”.
Em Carcavelos, antes de uma visita à Nova SBE, Inês Sousa Real voltou a afastar qualquer apoio parlamentar à AD, e afirmou: “Alianças e coligações onde estão incluídos CDS e PPM são claramente agendas que não são progressistas, e não têm preocupações ao nível direitos dos animais e ambiente, e e menos ainda com os direitos da mulheres”.
Na terça-feira, o vice-presidente do CDS-PP, Paulo Núncio, candidato pelo círculo eleitoral de Lisboa nas listas da AD, defendeu a realização de um novo referendo à interrupção voluntária da gravidez (IVG), num debate promovido pela Federação Portuguesa pela Vida.
Entretanto, hoje, o presidente do PSD assegurou que a AD não vai mexer na lei do aborto na próxima legislatura, considerando que este é um assunto arrumado e que a posição de Paulo Núncio só a ele vincula.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.