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Cabo Verde quer uniformizar linguagem entre a medicina legal e a saúde

LUSA
29-11-2023 12:43h

Cabo Verde quer uniformizar a linguagem entre os profissionais da medicina legal e os da saúde, para uma comunicação e “estratégias eficientes” de prevenção e aprimorar a atuação dessas duas áreas, disse hoje a ministra da Justiça.

Ao intervir na abertura de um fórum sobre atuação da medicina legal na saúde, Joana Rosa sublinhou a “necessidade” de haver uma “uniformização de linguagem” entre essas duas áreas, por causa da sua relevância na elucidação de crimes, sobretudo os praticados contra crianças e adolescentes.

“A busca por uma linguagem unificada entre essas duas áreas é fundamental para garantir uma comunicação eficaz, especialmente quando se trata de interpretação de evidências médicas em contextos legais”, entendeu a governante.

Para a ministra, essas duas áreas precisam “estabelecer padrões que facilitem a compreensão mútua”, promovendo uma “colaboração mais fluida” entre os profissionais de medicina legal e os da área da saúde, no âmbito da investigação.

Joana Rosa considerou ainda que é “essencial” a “troca contínua” de conhecimentos entre médicos, legistas, clínicos, pesquisadores e outros profissionais de saúde.

Também entendeu que “é imperativo” destacar o compromisso desses profissionais com a ética, imparcialidade e a “busca incessante” pela verdade.

“A uniformização da linguagem não se limita apenas aos termos técnicos, mas também à compreensão e à abordagem ética nos casos que vão surgindo”, referiu a mesma fonte, no fórum, na cidade da Praia, sobre a importância dessas duas áreas no combate a crimes contra crianças e adolescentes.

O Governo cabo-verdiano colocou este ano em funcionamento o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF), cuja instalação gradual prevê que aconteça num período de dez anos, contando com o apoio de Portugal.

O instituto está a ser instalado desde 2017, para tornar mais rápido e eficiente o sistema de Justiça, desde logo no processo de obtenção de provas criminais.

Em junho, o executivo nomeou Ineida Helena Vaz Cabral Sena, médica especialista em ciências forenses, para presidente do conselho de administração e Hélio Artur da Cruz Carvalho para vogal executivo.

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