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Covid-19: Passageiros de cruzeiro no Camboja submetidos a rastreio após caso de vírus

LUSA
17-02-2020 15:39h

Centenas de passageiros de um navio de cruzeiro autorizado a atracar na quinta-feira no Camboja foram hoje submetidos a um rastreio, depois de um dos viajantes ter sido diagnosticado com o coronavírus Covid-19.

O MS Westerdam, navio de cruzeiro da companhia de navegação norte-americana Holland America Line, atracou na quinta-feira no porto de Sihanoukville, no sul do Camboja, depois de a Tailândia, Japão, Taiwan, Filipinas e Guam negarem o desembarque face ao risco de algum viajante ser portador do vírus.

Dos 1.455 passageiros, mais de 1.200 desembarcaram do navio nos dias seguintes, depois de alguns terem sido submetidos a um exame médico rápido.

No sábado, um passageiro norte-americano, de 83 anos, que viajou para a Malásia foi diagnosticado com o novo coronavírus em Kuala Lumpur.

Face à confirmação do caso, a Holland America indicou que está a trabalhar "em estreita coordenação" com os vários Governos, a Organização Mundial de Saúde e os centros de triagem nos Estados Unidos "para investigar e rastrear as pessoas que possam ter estado em contacto" com o turista infetado.

Por seu turno, o Ministério da Saúde do Camboja disse que "procura ativamente qualquer caso suspeito", exortando a população "a não se preocupar em demasiado", enquanto alguns dos passageiros do navio se encontram em Sihanoukville.

Ainda permanecem no navio 233 passageiros e 747 tripulantes.

"Vamos recolher amostras de todas essas pessoas para que sejam testadas", explicou uma autoridade local à agência de notícias France-Presse, acrescentando que permanecerão no navio até receberem os resultados.

O coronavírus Covid-19 provocou 1.775 mortos e infetou cerca de 71.300 pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, onde a epidemia foi detetada no final de 2019.

Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

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