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Covid-19: Tribunal russo ordena hospitalização de mulher que fugiu da quarentena

LUSA
17-02-2020 12:19h

Um tribunal de São Petersburgo ordenou hoje a hospitalização forçada de uma mulher russa que havia escapado da quarentena à qual fora submetida após ter viajado para a China, país que é o foco da epidemia do novo coronavírus (Covid-19).

"O tribunal de Petrogradski atendeu à queixa do diretor clínico do hospital Botkine sobre a hospitalização forçada de Alla Ilina. A decisão deve ser executada imediatamente", informou o tribunal à agência de notícias AFP.

Alla Ilina, de 33 anos, foi escoltada por oficiais de justiça para uma ambulância estacionada não muito longe do tribunal, segundo imagens da televisão local.

A mulher havia sido hospitalizada em 04 de fevereiro em São Petersburgo, no noroeste da Rússia, porque havia tido sintomas de dor de garganta após ter feito férias em janeiro na China.

Três dias depois, a mulher forçou a fechadura eletrónica da porta do quarto do hospital e fugiu, tendo postado um relato detalhado da sua fuga na sua conta na rede social Instagram.

A administração do hospital de Botkine não gostou do seu gesto e o diretor clínico apresentou uma queixa contra Ilina, pedindo que fosse colocada em quarentena forçada.

Oficialmente, a Rússia já não tem pacientes com o novo coronavírus no seu território após a alta hospitalar na semana passada do segundo caso confirmado no país, um cidadão chinês.

As autoridades russas tomaram medidas drásticas para impedir a propagação do novo coronavírus em seu território. Moscovo ordenou o encerramento da sua fronteira de 4.250 quilómetros com a China, o corte das ligações ferroviárias e a restrição de voos para cidades chinesas.

O número de mortos devido ao novo coronavírus (Covid-19) na China continental subiu hoje para 1.770, ao mesmo tempo que foram registados 2.048 novos casos de infeção, foi anunciado.

A Comissão de Saúde da China disse que o número de infetados pelo Covid-19 ascendeu a 70.548. Entre os novos casos, 1.933 são da província de Hubei, centro do surto.

Das 105 mortes registadas nas últimas 24 horas, 100 ocorreram em Hubei.

A Comissão de Saúde da China acrescentou que existem 10.644 casos graves de infeção pela doença, enquanto 10.844 pessoas foram curadas e já receberam alta.

Estão ainda a ser acompanhadas 546.016 pessoas que mantiveram contacto próximo com os infetados, sublinhou.

Além de 1.770 mortos na China continental, há a registar um morto na região chinesa de Hong Kong, um nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província, situada no centro da China, para tentar controlar a epidemia, uma medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

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