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Escola de Coimbra ajuda a capacitar chefias de enfermagem na Guiné-Bissau

LUSA
29-06-2021 16:03h

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra vai ajudar na melhoria de recursos humanos em saúde na Guiné-Bissau, através da capacitação de professores, enfermeiros e chefias de enfermagem de hospitais e centros de saúde, foi hoje anunciado.

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) vai trabalhar com a Escola Nacional de Saúde (ENS) daquele país do continente africano, com o intuito de reunir as “condições para a criação do curso de licenciatura em enfermagem nesta instituição”, lê-se numa nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.

Esta prestação de serviços enquadra-se no projeto ’Ianda Guiné Saúde - Reforço do Sistema de Saúde da Guiné-Bissau’, apoiado com dois milhões de euros pela União Europeia, com um cofinanciamento de mais de 140 mil euros pelo Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, IP (Ministério dos Negócios Estrangeiros), entidade gestora, e ainda apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.

“Este programa visa contribuir para a cobertura universal de saúde na Guiné-Bissau, através do fortalecimento da governação do sistema nacional de saúde e da melhoria da qualidade e quantidade dos seus profissionais de saúde”, refere Fernando Amaral, um dos docentes da ESEnfC que integra o projeto.

“Tendo em conta as características deste projeto, era exigido que os envolvidos tivessem o conhecimento suficiente dos sistemas de organização do ensino da saúde e da saúde quer da Guiné-Bissau, quer de outros países” sustenta, citado pela ESEnfC, Fernando Amaral.

A Escola de Enfermagem de Coimbra entra no projeto por ter “uma experiência acumulada de internacionalização, de participação, com outras escolas e universidades, nos processos de mudança dos seus perfis de formação de profissionais de enfermagem”, e pela “possibilidade de disponibilizar percursos de formação avançada de mestrado a guineenses”, explica ainda o especialista em Gestão e Economia da Saúde.

Neste projeto está prevista ainda a formação de médicos guineenses, nas áreas da cirurgia, cirurgia ginecológica, anestesiologia e saúde pública.

“Serão beneficiários diretos do projeto, que tem um horizonte temporal de três anos (2020-2023), diretores e equipas técnicas do Ministério da Saúde Pública da Guiné-Bissau, quadros e professores da ENS, médicos de clínica geral do Serviço Nacional de Saúde, o Hospital Nacional Simão Mendes e hospitais regionais”, lê-se em nota.

A iniciativa conta com o apoio em Portugal, da Fundação Calouste Gulbenkian, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), da ESEnfC, da Direção-Geral de Saúde (DGS), da Escola de Medicina da Universidade do Minho, dos hospitais de Braga, de Guimarães e de Viana do Castelo, bem como da Ordem dos Médicos.

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