Em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia, Marco Martins, revelou que “foi possível avançar com a segunda toma nos lares [vacinação integrada na primeira fase do Plano de Vacinação contra a covid-19]" devido à "indefinição sobre quando arranca a segunda fase”, dedicada aos idosos com 80 ou mais anos e de pessoas entre os 50 e os 79 anos e com comorbilidades.

“A questão da vacinação é global e não nacional ou local. Tudo se prende com o que sabemos: negociações exteriores com os laboratórios. Esteve previsto avançar com a segunda fase em Gondomar hoje. Não foi possível, mas a qualquer momento pode começar. A situação tem sido gerida ao minuto pela câmara e ARS-N [Administração Regional de Saúde do Norte]. Mas as vacinas disponíveis para Gondomar hoje foram administradoras, optando-se por arrancar com a segunda toma nos lares”, descreveu.

Em causa estão cerca de 30 estruturas residenciais para idosos e pessoas com deficiência existentes neste concelho no distrito do Porto.

Ao todo foi administrada a primeira dose da vacina a cerca de 800 pessoas, entre utentes e funcionários.

O autarca descreveu que “só ficaram de fora os lares com surtos”, como é indicação das autoridades de saúde.

Quanto ao arranque da segunda dose de vacinação, em Gondomar, no distrito do Porto, esta decorrerá no pavilhão Multiúsos.

O espaço foi cedido pela câmara e desde sábado que está ali montado o Centro de Vacinação Municipal.

Serão, também, disponibilizados recursos humanos do município, os quais ficarão responsáveis por toda a logística e limpeza do espaço.

Neste concelho do distrito do Porto, nesta fase de vacinação, serão abrangidas cerca de 13 mil pessoas.

A autarquia estima que sejam vacinados cerca de 250 munícipes por dia, “número poderá subir para 500, assim que for terminada a fase de vacinação nos lares".

Tal "permitirá reforçar o número de enfermeiros alocados a este centro, dependendo também do stock de vacinas disponíveis”, lê-se em comunicado.

A vacinação no pavilhão Multiúsos será assegurada por 10 enfermeiros e dois médicos profissionais do Agrupamento de Centros de Saúde de Gondomar (ACeS) de Gondomar.

A autarquia apela a que os utentes dos centros de saúde de Gondomar aguardem o contacto via mensagem, bem como o agendamento da toma.

Contactada pela Lusa sobre a data de arranque deste processo, quer neste concelho, quer em outros da zona, fonte da ARS-N indicou que “o processo é para ter início esta semana”, sem precisar dias específicos.

“Todos os agrupamentos [de centros de saúde] têm de ter pelo menos um centro de vacinação. Há agrupamentos em que um só não chegará. Essa logística está a ser gerida com os autarcas que têm tido uma colaboração inexcedível”, referiu a mesma fonte.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.237.990 mortos resultantes de mais de 103,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, enquanto em Portugal morreram 13.017 pessoas dos 731.861 casos de infeção confirmados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.