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Covid-19: Estrutura de retaguarda de Viana do Castelo tem 25 doentes e fica aberta até março

LUSA
21-01-2021 16:03h

A Estrutura de Apoio de Retaguarda (EAR) instalada no centro cultural de Viana do Castelo, que atualmente acolhe 25 doentes covid-19, vai continuar em funcionamento até final de março, revelou hoje o presidente da Câmara.

José Maria Costa, que falava ao executivo municipal no início da reunião camarária de hoje, realizada através de videoconferência, pela primeira vez com a participação da imprensa, explicou que aquela decisão resulta da "atual situação pandémica" que afeta o distrito de Viana do Castelo.

"Fruto dos contactos que temos mantido, quer através da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, quer com a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) decidimos alargar o período de cedência do centro cultural para EAR até 31 de março", especificou.

"É opinião do presidente do conselho de administração da ULSAM que seria mais prudente mantermos esta situação até à primavera. Atualmente há 25 doentes internados naquele espaço", especificou.

A EAR começou a funcionar no final de novembro e recebeu os primeiros doentes em dezembro.

Na sessão de abertura da estrutura, em declarações aos jornalistas, o presidente da comissão distrital da proteção civil de Viana do Castelo Miguel Alves, disse que a EAR tem 30 camas preparadas, mas pode crescer até às 120 camas.

"No limite, se tivéssemos uma situação de absoluta rutura, catástrofe, que não prevemos, o espaço está preparado para acomodar 200 pessoas", sustentou, na altura, o autarca socialista.

A estrutura foi instalada em abril pela Câmara de Viana do Castelo.

Inicialmente esteve prevista a sua desativação no final de outubro, mas, entretanto, a Câmara de Viana do Castelo e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) decidiram prolongar o seu funcionamento devido ao aumento de casos de covid-19 na região.

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.

Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.

Em todas aquelas estruturas trabalham mais de 2.500 profissionais, entre eles, cerca de 500 médicos e mais de 800 enfermeiros.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 9.686 pessoas dos 595.149 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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