SAÚDE QUE SE VÊ

“O trabalho das associações não pode parar” – CNOD

CANAL S+ / SO
28-12-2020 12:42h

A pandemia de Covid-19 veio alterar a vida de milhões em todo o mundo, e as pessoas com deficiência não foram exceção. Desde Abril, em Portugal, muitas atividades ficaram suspensas tendo impacto na saúde e bem-estar destes cidadãos e das suas famílias.

O Canal S+ esteve à conversa com Jorge Silva, vice-presidente da Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD), que revelou que os núcleos de atividades ocupacionais não tiveram recomendações equivalentes às escolas, mas sim aos centros de dia, levando a que muitas pessoas com deficiência tivessem de ficar em casa. Do mesmo modo as terapias também foram interrompidas, resultando em alguns casos no retrocesso em termos de saúde.

As notícias sobre surtos em Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI) surgem diariamente. No entanto no nosso país, existem também residências para pessoas com deficiência que têm utentes de diferentes faixas etárias. Curiosamente a CNOD, que representa 36 organizações de Pessoas com Deficiência, englobando todos os tipos de deficiência (mental, motora, sensorial e orgânica), diz que estes lares se têm resguardado, não tendo conhecimento de muitos casos.

Quanto ao Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, Jorge Silva acha que a “task force” deveria ter ouvido as associações de pessoas com deficiência aquando da definição dos grupos prioritários para vacinação, ainda que tenha alguma esperança de que sejam ouvidas tendo em conta a especificidade de cuidados que estas pessoas necessitam e as comorbilidades associadas à deficiência.

Ainda assim, e porque a imunidade de grupo não vai acontecer já, o vice-presidente da CNOD alerta que as associações não podem parar como aconteceu no início da pandemia.

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