SAÚDE QUE SE VÊ

41 anos SNS: Os doentes querem ser ouvidos

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21-09-2020 11:09h

Em Portugal, quase 4 milhões de pessoas têm doença crónica e um milhão e 700 mil têm incapacidade. A Plataforma Saúde em Diálogo reúne 55 associações que pretendem defender os direitos destas pessoas. Apesar das melhorias que ainda é preciso fazer, sem o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a vida destes portugueses seria ainda mais difícil.

Rosário Zincke, presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, afirma que o SNS trabalha muito a doença aguda, o que foi bom perante a pandemia, mas que “está na altura de pensarmos também e mais na gestão da doença, na promoção da saúde, na prevenção, no diagnóstico precoce”.

As associações têm um papel fundamental na resposta às pessoas idosas, com doenças crónicas ou com deficiência, exemplo disso, é o Estatuto do Cuidador Informal e a sua implementação.

Outra medida que Rosário Zincke defende é a permanência dos idosos nas suas casas com o apoio de profissionais, quer da área da Segurança Social quer da Saúde.

Com a pandemia, muitos hospitais tiveram de se reinventar no apoio aos doentes que acompanham, nomeadamente no acesso de proximidade à sua medicação hospitalar, que passou a ser entregue nas farmácias comunitárias ou no domicílio.

As teleconsultas têm sido também um veículo de ligação entre associações e associados, quer no apoio a doentes quer no apoio a cuidadores, como revela a presidente da Plataforma Saúde em Diálogo.

Os tempos que vivemos vieram dar outra dimensão ao conceito de comunidade e para Rosário Zincke é necessário que o poder local tenha “mais competências na área da Saúde e do Social” pois são a ligação mais próxima ao cidadão.

A Plataforma Saúde em Diálogo nasceu em 1998 e desde então pretende fazer ouvir a voz dos doentes e utentes de saúde, contribuindo para a evolução de um sistema de saúde cada vez mais centrado nas pessoas.

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