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Venezuela: Cáritas Portuguesa e de Macau acordam ajuda a parturientes e crianças subnutridas

LUSA
10-01-2020 12:28h

A Cáritas Portuguesa e de Macau vão enviar nutrientes e medicamentos para ajudar parturientes e crianças subnutridas venezuelanas, disse hoje à Lusa o presidente da instituição de Portugal.

Foi acordado o “envio de nutrientes e também de medicamentos para crianças subnutridas e para parturientes”, afirmou Eugénio Fonseca, após uma reunião com a Cáritas Macau no último dia da visita que realizou ao antigo território administrado por Portugal.

“Os medicamentos foram-nos doados em Portugal e é preciso fazer chegar lá [Venezuela]”, acrescentou, explicando que “a forma mais segura”, por indicação da Cáritas venezuelana “é por via postal”, precisou.

A Cáritas de Macau “vai ajudar a suportar o custo”, acrescentou o responsável da Cáritas Portuguesa.

Esta é uma das medidas concretas que resultou da visita desta semana a Macau.

“Vamos conseguir apoio financeiro da Cáritas de Macau para realizar em Portugal uma ação de formação em empreendedorismo social para pelo menos 40 colaboradores”, numa “área que é importante, face aos novos desafios em termos sociais, resultantes até da crise que vivemos há anos”, declarou.

A Cáritas Portuguesa e a de Macau vão igualmente avançar com a partilha de experiências na área da reintegração social de reclusos e no intercâmbio de colaboradores.

“Queremos diversificar o protocolo já assinado na área de apoio a reclusos (…) com a Direção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais em Portugal” e “dos projetos que tenham a ver com a preparação dos reclusos para a sua reintegração social”.

A ideia passa por apresentar um projeto. “E partilharmos experiências que vamos tendo em Portugal para replicar” no território administrado pela China desde 1999, até porque a Caritas local “é a única que faz voluntariado e apoia em termos sociais os reclusos na cadeia em Macau”, esclareceu, adiantando que haverá ainda “intercâmbio entre colaboradores”, estando ainda por acertar “em que moldes”.

Das reuniões resultou ainda um acordo para se estabelecer uma parceria entre as duas Cáritas e a Universidade de São José para que seja criado um prémio que passe a distinguir “a melhor tese de mestrado”, com direito a publicação em Macau através da Editorial Cáritas.

Quanto ao desenvolvimento de projetos conjuntos em países como São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Guiné-Bissau, no âmbito da qualificação de quadros qualificados, por exemplo, Eugénio Fonseca explicou à Lusa que a definição destes ficará dependente da reunião interministerial do Fórum Macau agendada para este ano e que vai juntar representantes ao mais alto nível dos países lusófonos.

A visita que começou esta segunda-feira serviu para reativar a colaboração com a congénere de Macau.

Após mais de 400 anos sob administração portuguesa, Macau passou a ser uma região administrativa especial da China em 20 de dezembro de 1999, com um elevado grau de autonomia acordado por um período de 50 anos, com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário, com o governo central chinês a ser responsável pelas relações externas e defesa.

A Cáritas foi fundada em 1945 em Portugal e em 1951 em Macau.

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