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41 anos SNS: “Não é possível suspender a atividade programada indefinidamente”, alerta Ordem dos Médicos

CANAL S+ / VD
18-09-2020 14:29h

O presidente do Conselho Regional Sul da Ordem dos Médicos continua preocupado com o número de portugueses que deixaram de ter acesso aos devidos cuidados de saúde.

Em entrevista ao Canal S+, Alexandre Valentim-Lourenço recorda que no período do Estado de Emergência e de confinamento da população, ficaram por fazer milhares de consultas nos centros de saúde e de cirurgias nos hospitais. Com o número de infeções de COVID-19 de novo a subir, o médico ginecologista-obstetra em Santa Maria lembra que “Não é possível suspender a atividade programada indefinidamente”.

O Presidente do Conselho Regional Sul da Ordem dos Médicos recorda a importância do SNS como o mais importante fator de coesão social da Democracia Portuguesa. E se dúvidas existissem, “viu-se muito bem a importância de termos um SNS universal, gratuito e de acessibilidade fácil aos cidadãos com a pandemia”, assegura.

Alexandre Valentim-Lourenço lamenta profundamente o número de mortos que o país registou por causa da suspensão parcial ou total de alguns serviços em unidades hospitalares e centros de saúde. O responsável da Ordem dos Médicos garante que “tem evidência de um excesso de mortalidade” em relação ao período homólogo do ano anterior.

 

O Presidente do Conselho Regional Sul da Ordem dos Médicos, Alexandre Valentim-Lourenço, mostra-se ainda preocupado com a capacidade de resposta de algumas unidades, dado que “o reforço financeiro (do SNS) foi feito antes da pandemia”, relembra.

Em Junho deste ano, o Governo anunciou um reforço do orçamento para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no valor de 500 milhões de euros, no âmbito do Orçamento Suplementar para 2020.

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